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1° de Maio: Centrais mantém apoio a Lula, mas cobram medidas para “reduzir danos”

1° de Maio: Centrais mantém apoio a Lula, mas cobram medidas para “reduzir danos”

Saiba quais partidos são mais influentes nas centrais sindicais

O tradicional evento para celebrar o 1° de maio neste ano foi marcado na Arena Neo Química, em Itaquera (zona leste), pelas oito principais centrais brasileiras: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central, Intersindical e Pública.

As palavras de ordem são modestas e sem potencial para constranger o principal convidado do dia: o presidente Lula.

São elas: emprego decente, menos juros, aposentadoria digna, correção da tabela do Imposto de Renda, valorização do serviço público e salário igual para trabalho de homens e mulheres.

Lideranças sindicais ouvidas pela CNN admitem que a revogação da reforma trabalhista — um tema que rondou a campanha de 2022 — não é uma bandeira factível no cenário atual.

“Não queremos revogar a reforma trabalhista, mas repactua-la e minimizar danos”, disse Ricardo Patah, presidente da UGT e membro da executiva nacional do PSD, partido criado e liderado por Gilberto Kassab.

Ainda segundo Patah, as centrais têm uma “ótima relação” com Lula. “Em 1 ano e 4 meses ele conseguiu conquistas relevantes: a economia está controlada e temos uma política de salário mínimo. Muita coisa andou”, afirmou.

Questionado sobre as demandas da categoria, o presidente da UGT defendeu que se estabeleçam formas de custeios dos sindicatos.

“Todo país tem formas de remunerar a estrutura sindical. O governo anterior e a direita queriam exterminar os sindicatos”, afirmou.

Em linhas gerais, as centrais querem apoio de Lula para uma agenda mais modesta no Congresso do que a revogação da reforma trabalhista.

Pedem que a homologação dos trabalhadores demitidos volte a ser feita obrigatoriamente pelos sindicatos, defendem que a contribuição da assistência sindical seja definida em assembleia e aplicada em folha a todos que não se opõem a ela (quem for contra precisa acionar a entidade, e não inverso, como acontece hoje).

As centrais pregam também o fim do trabalho intermitente, a regulamentação dos motoboys (contribuição para INSS, piso e horários de trabalho definidos) e o empoderamento das negociações coletivas em vez das individuais.

“Não temos como revogar a reforma trabalhista, porque não temos força no Congresso Nacional, mas queremos mexer em pontos dela”, disse Antonio Neto, presidente da CSB.

Sobre Lula, o sindicalista, que é membro da direção nacional do PDT, segue a linha do colega da UGT: “O presidente mantém uma ótima relação com as centrais”.

Secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que é filiado ao Solidariedade, não destoa dos demais.

Quais os partidos mais influentes nas centrais sindicais:
CUT – PT
Força Sindical – Solidariedade
CSB – PDT
CTB – PCdoB
Intersindical – PSOL
Pública – PT e PSOL
UGT – PSD
Nova Central – MDB

Fonte: CNN Brasil

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