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‘Posso voltar ao meu trabalho normal?’, questiona jornalista de canal dos EUA, obrigado a cobrir nevasca ao vivo durante a madrugada

‘Posso voltar ao meu trabalho normal?’, questiona jornalista de canal dos EUA, obrigado a cobrir nevasca ao vivo durante a madrugada


Acostumado a trabalhar dentro de um estúdio aquecido e a cobrir o noticiário esportivo, repórter passou horas exposto ao frio, vento e neve provocados pelo ciclone bomba que varre o país de leste a oeste na véspera do Natal O âncora esportivo Mark Woodley durante cobertura do ciclone bomba nos Estados Unidos
Divulgação/KWWL
O âncora esportivo Mark Woodley, do canal de TV KWWL, filiado à rede NBC, chamou a atenção durante os trabalhos de cobertura da tempestade de inverno Elliot nos Estados Unidos durante as primeiras horas da quinta-feira (22). O país sofre os efeitos do evento climático histórico, que varre o país de leste a oeste nesta véspera de Natal.
Pelas redes sociais, o jornalista publicou um compilado de suas entradas ao vivo para reportar sobre situação das ruas na cidade de Waterloo, no estado de Iowa, com a seguinte legenda: “Isso é o que você recebe quando pede ao cara dos esportes para entrar na cobertura de uma nevasca no programa da manhã.”
Os trechos mostram Woodley reclamando de ter sido obrigado a iniciar o expediente cinco horas mais cedo e ficar exposto aos efeitos do ciclone bomba durante toda a duração do jornal matinal.
Mark, como você está se sentindo aí fora?”, perguntou o âncora Ryan Witry, de dentro do estúdio ao jornalista, que estava na rua. “Estou me sentindo do mesmo jeito que estava há uns oito minutos, quando você me fez a mesma pergunta, certo?”, respondeu Woodley.
“Normalmente, eu cubro esportes. Tudo por aqui foi cancelado pelos próximos dias, então que hora melhor para pedir ao cara dos esportes para chegar cinco horas mais cedo do que ele normalmente acordaria e ficar parado no vento, na neve e no frio e dizer a outras pessoas para que não façam o mesmo?”, disparou o jornalista ao vivo, enquanto as imagens mostravam o vento forte e a nevasca pela cidade, ainda durante a madrugada.
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Durante outro momento da transmissão, ele revelou que estava fora de sua zona de conforto. “Estou acostumado aos programas noturnos que duram só 30 minutos e, geralmente, nesses programas, eu fico do lado de dentro [do estúdio]”.
Então, o repórter falou diretamente à audiência. “Esse é um programa bem longo, fique ligado pelas próximas duas horas para me ver ficar progressivamente mais e mais rabugento.”
Ao interagir com o âncora do jornal, Woodley, cercado por neve, disse que tinha uma notícia boa e uma notícia ruim. “A notícia boa é que ainda consigo sentir meu próprio rosto. A má notícia é que eu meio que gostaria de não sentir.”
“Posso voltar ao programa que eu normalmente faço? Tenho quase certeza de que vocês acrescentaram uma hora [de duração] a esse jornal só porque alguém gosta de me torturar”, comentou. “Porque comparando com duas horas e meia atrás, [o tempo] só está ficando mais e mais frio.”
Quando as imagens já mostravam que o sol havia nascido, o âncora entrou ao vivo pela última vez no dia e agradeceu pelo fim do expediente. “Ao vivo de Waterloo, pela última vez nesta manhã – felizmente – eu sou Mark Woodley, do News 7, KWWL.”

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