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Americanas pede na Justiça que serviços essenciais sejam impedidos de interromper fornecimento

Americanas pede na Justiça que serviços essenciais sejam impedidos de interromper fornecimento

No pedido de tutela de urgência, a varejista cita concessionárias de energia Light e Enel São Paulo, além de outras prestadoras de serviços públicos e essenciais, como de telecomunicações e provedoras de internet. Em petição com data desta segunda-feira (30), a Americanas pediu à Justiça que determine que as concessionárias Light e Enel São Paulo não possam interromper o fornecimento de energia elétrica em qualquer estabelecimento do grupo varejista por conta de dívidas relacionadas no pedido de recuperação judicial.
No pedido de tutela de urgência, a Americanas também pediu que todas as prestadoras de serviços públicos e essenciais, inclusive as empresas de telecomunicações e provedoras dos serviços de internet, não possam interromper os serviços prestados ao grupo Americanas, em decorrência de cobranças de créditos sujeitos à recuperação judicial.
A multa diária requerida pelos advogados da Americanas em caso de interrupção é de R$ 100 mil.
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Avisos de corte
Segundo a empresa, a Enel informou que os serviços de energia elétrica fornecidos aos estabelecimentos da marca Hortifruti serão interrompidos a partir de 8 de fevereiro, por falta de pagamento de faturas que estavam em aberto antes do pedido de recuperação judicial.
“No mesmo sentido, também foram enviados 3 (três) avisos de corte pela empresa Light Serviços de Eletricidade S.A.”, diz o texto protocolado na Justiça.
A Americanas pede ainda que a empresa não possa ser despejada dos imóveis que aluga em função de falta de pagamento.
Credores
Na semana passada, a Americanas entregou à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro a lista de credores da companhia, onde constam débitos totais de R$ 41.235.899.286,62, a 7.967 nomes.
A empresa pediu recuperação judicial no último dia 19. No dia 11 de janeiro, a Americanas divulgou um fato relevante informando que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões.
O rombo, causado principalmente por dívidas com bancos em operações de risco sacado, amplia os números referentes ao grau de endividamento e ao capital de giro. Em resumo, as operações não foram lançadas adequadamente, subestimando a dívida da empresa.

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