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Texto da reforma prevê revisão anual de alíquotas para impedir aumento da carga tributária

Texto da reforma prevê revisão anual de alíquotas para impedir aumento da carga tributária

Ainda não há definição sobre o valor da alíquota cheia do IVA, mas necessariamente ela será ajustada para manter a arrecadação atual com relação ao PIB

O parecer do relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para matéria prevê a revisão anual das alíquotas do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para impedir o aumento da carga tributária.

Em artigo que versa sobre as alíquotas do IVA, o relator aponta que, por meio de lei complementar, “as alíquotas de referência serão revisadas anualmente, visando à manutenção da carga tributária“.

A versão preliminar do texto, apresentada no final de junho, já previa a revisão anual. A novidade é o trecho que aponta a necessidade da manutenção da carga.

O relator e outros articuladores da matéria defendiam que a redação preliminar já mantinha a carga. Críticos da proposta apontavam o oposto. A alteração de Ribeiro coloca panos quentes sobre a questão.

A reforma prevê três possibilidades para o IVA: o valor “cheio”; uma alíquota reduzida pela metade; e a isenção. O texto já indica parte dos setores e serviços que vão ter tratamento diferencial.

Ainda não há definição sobre o valor da alíquota cheia do IVA, mas necessariamente ela será ajustada para manter a arrecadação atual com relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Entidades e articuladores da proposta indicam que a cifra deve ficar próxima de 25%.

A carga tributária brasileira em 2022 ficou em 33,71% do PIB. A “trava” estabelecida por Ribeiro garante que a alíquota do IVA seja anualmente calibrada para manter esse nível de arrecadação.

Mudanças na reforma
O parecer ainda receberá mudanças antes de ir à votação. São negociados pormenores relacionados ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) e ao Conselho Federativo, por exemplo.

Também entrará na redação termos de um acordo fechado com a bancada amazonense sobre a Zona Franca de Manaus. Ribeiro também indicou que pode adicionar ao relatório novas condições ao setor de Turismo.

A principal mudança do texto apresentado na quarta-feira foi a criação da “Cesta Básica Nacional de Alimentos”, que vai ter alíquota zero (ou seja, não terá impostos). Os itens que compõem a cesta serão regulamentados por lei complementar.

O novo parecer também incluiu itens e setores entre os que vão pagar alíquota reduzida do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Produtos voltados à saúde menstrual e dispositivos para pessoas com deficiência (PCD) foram incluídos, por exemplo.

Fonte: CNN Brasil

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