Após a divulgação dados da ADP, a divisa norte-americana demonstrou volatilidade tanto no exterior quanto no Brasil
Após oscilar ao longo do dia, o dólar à vista fechou a sessão desta quarta-feira (4) em baixa ante o real, com investidores reagindo a novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e aos comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento em Brasília, além da divulgação dos dados da produção industrial no Brasil.
O dólar à vista encerrou em baixa de 0,26%, cotado a R$ 6,0469 na venda. O Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, também terminou o dia em queda de 0,04%, a 126.087,02 pontos, após inverter o sinal nesta tarde.
Exterior
Dados da ADP mostraram que foram gerados 146 mil empregos no setor privado dos EUA em novembro, após avanço revisado para baixo de 184 mil em outubro. Economistas consultados pela Reuters previam que o emprego privado aumentaria em 150 mil posições após um salto de 233 mil em outubro.
Após a divulgação dos números, o dólar demonstrou volatilidade tanto no exterior quanto no Brasil, onde oscilava perto da estabilidade. Os dados da ADP antecedem o anúncio do relatório do mercado de trabalho payroll, na sexta-feira (6), bastante aguardado pelo mercado.
Além disso, mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção da indústria no Brasil frustrou as expectativas e recuou em outubro, interrompendo dois meses seguidos de ganhos devido principalmente à retração em produtos derivados de petróleo e biocombustíveis.
No Brasil
O mercado aguardava pela participação de Haddad em evento do portal Jota, em Brasília. Na ocasião, Haddad disse que a votação da regulamentação da reforma tributária no Senado deve ser realizada na semana que vem, mas afirmou que a conclusão da votação na Câmara dos Deputados deve ocorrer somente em 2025.
O principal fator doméstico de suporte tanto para as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) quanto para o dólar ante o real segue sendo a área fiscal, em meio à desconfiança dos investidores na capacidade de o pacote de cortes anunciado na última semana pelo governo equilibrar de fato as contas públicas.
Na véspera, dados fortes do Produto Interno Bruto (PIB) também elevaram a percepção de que o Banco Central precisará de uma Selic mais elevada para conter a inflação.
Na véspera, o dólar à vista fechou em leve baixa de 0,05%, aos R$ 6,0624.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de janeiro de 2025.
*Com informações da Reuters
Fonte: CNN Brasil