Brasil lembra time de Dorival com empate sem brilho no Equador na estreia de Ancelotti

Brasil lembra time de Dorival com empate sem brilho no Equador na estreia de Ancelotti

Foi a estreia de Carlo Ancelotti no comando do Brasil. Mas, em alguns momentos, o duelo com o Equador, que terminou sem gols em Guayaquil, mais lembrou aquele time treinado por Dorival Júnior. O desempenho sem brilho contra os equatorianos reforçou o que o renomado treinador italiano já sabia: terá muito trabalho para reerguer a seleção mais vitoriosa do planeta.

O empate sem gols não tirou o Brasil do quarto lugar. São 22 pontos que ainda não garantem a seleção na Copa do Mundo de 2026. Sorte a dos brasileiros que, graças à ampliação do número de vagas, seis sul-americanos vão ao Mundial, além de um ir à repescagem, então o risco de não se classificar é baixo, já que o sétimo está distante. O Equador, com 24 pontos, é o vice-líder.

Em que pese ser uma tarefa complicada ganhar do Equador na casa do rival, foi um Brasil fosco em Guayaquil. O alento é que Ancelotti treinou apenas três vezes esse grupo antes de sua estreia. É esperado que, passados outros treinamentos e mais tempo juntos, esses jogadores – parte deles velhos conhecidos do treinador em suas andanças por alguns dos principais clubes da Europa – entreguem mais e o italiano possa dar a sua cara a essa equipe.

Também será importante para o treinador ter o retorno de figuras relevantes, como Raphinha, que estava suspenso e retorna contra o Paraguai. O duelo, marcado para terça-feira, às 21h45, na Neo Química Arena, pode até já garantir a seleção na Copa, a depender de resultados de oponentes.

Da área técnica, Ancelotti viu a seleção errar como errava com Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior. Passes ruins e escolhas equivocadas mataram ataques e a seleção repetiu a imensa dificuldade de criar, de botar a bola no chão, triangular e envolver o adversário.

Carlo Ancelotti

Carlo Ancelotti Crédito: Rafael Ribeiro/ CBF

Defensivamente, foi segura a atuação do Brasil. O ataque pouco produziu. Viveu de brilharecos de Vini Jr, que não estava na melhor de suas noites – como raramente está quando veste a Amarelinha – e de contragolpes puxados por Estêvão. Em um deles, o atacante do Palmeiras desarmou o zagueiro e passou para Richarlison. A bola sobrou para Gerson, que rolou para Vini em vez de chutar, e o atacante não conseguiu finalizar.

No segundo tempo, Alisson trabalhou mais. Foi seguro o goleiro do Brasil nas investidas equatorianas, muitas delas em cruzamentos pelas pontas. Um chute de Estupiñán de longa distância foi o que mais causou problemas ao arqueiro, mas ele se virou bem.

Vale menção ao que criou ofensivamente o Brasil na etapa final a apenas um lance, protagonizado por Vini Jr. pela ponta e que terminou em um chute fraco de Casemiro facilmente defendido por Valle. Tivesse posto mais força e direção no arremate, o volante teria garantido a vitória ao Brasil.

O sonho do hexa, por enquanto, está distante.

Ficha técnica

EQUADOR 0 X 0 BRASIL

EQUADOR – Valle; Ordóñez, Pacho, Hincapié e Estupiñán; Alan Franco, Moisés Caicedo e Vite,; Yeboah (Kevin Rodríguez), Minda (Preciado) e Angulo (Medina). Técnico: Sebastián Beccacece.

BRASIL – Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães (Andreas Pereira) e Gerson (Andrey Santos); Estêvão (Gabriel Martinelli), Richarlison (Matheus Cunha) e Vini Jr. Técnico: Carlo Ancelotti.

ÁRBITRO – Piero Maza (Chile).

PÚBLICO E RENDA – Não divulgados.

LOCAL – Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil.

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