Foto: Divulgação/Ascom
Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre os cânceres ginecológicos, que representam 19% dos diagnósticos de neoplasias em mulheres a cada ano em todo mundo, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). No Brasil, cerca de 30 mil mulheres por ano são diagnosticadas com um câncer ginecológico, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). “A proposta da campanha realizada em setembro é conscientizar a população feminina sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dos tumores que acometem o sistema reprodutor feminino”, afirma a oncologista Luciana Landeiro, da Oncoclínicas.
Os cânceres ginecológicos afetam órgãos do sistema reprodutor feminino, como útero, ovários, vulva e vagina. O câncer de colo de útero, ou câncer cervical, é o mais comum, dentre eles, com previsão de 17 mil novos casos por ano no Brasil e representa o terceiro tipo de tumor que mais afeta as mulheres brasileiras (atrás do câncer de mama e do colorretal), segundo o INCA. A Bahia, com estimativa de 1160 novos casos em 2025, é o estado da região Nordeste com maior número de novos casos da doença. O câncer de endométrio (câncer do corpo do útero) fica em segundo lugar em incidência, dentre os cânceres ginecológicos, com estimativa de 7840 novos casos em 2025 e o de ovário em terceiro com previsão de 7310 novos diagnósticos.
“Ao contrário do câncer de colo de útero, que já pode ter uma suspeita detectada no exame preventivo, não existe um programa de rastreamento especifico para o câncer de ovário e de endométrio e, por isso, é fundamental reforçar a importância do acompanhamento ginecológico de rotina”, esclarece a oncologista Daniela Barros, da Oncoclínicas.
Informação é grande aliada A infecção persistente por determinados tipos de HPV (Papilomavírus humano), principalmente o HPV-16 e o HPV-18, considerados de alto risco oncogênico, é responsável por mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero.
Um levantamento da Fundação Nacional do Câncer revelou que até 37% dos jovens e 17% dos responsáveis desconhecem que a vacina contra HPV previne o câncer do colo do útero. 20% acreditam que a vacina pode prejudicar a saúde e 22% que pode incentivar iniciação sexual precoce; entre 34% e 61% dos entrevistados não conheciam a população-alvo elegível para receber o imunizante.