Foto: Divulgação/Reprodução
Por Henrique Brinco
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), negou que o senador Otto Alencar (PSD) tenha decidido disputar o governo da Bahia nas eleições de 2026. Em coletiva à imprensa, o petista classificou como fake news as informações divulgadas por veículos de comunicação apontando que o parlamentar estaria disposto a entrar na corrida estadual caso o colega de partido Angelo Coronel ficasse de fora da chapa majoritária.
Jerônimo afirmou que recebeu com surpresa a notícia e reforçou a relação de confiança que mantém com o senador. Segundo ele, a especulação não corresponde à realidade e não partiu de Otto. “Eu não tinha lido essa matéria. Eu confio em Otto! Quando me contaram eu desconfiei desde o primeiro momento que alguem pudesse noticiar isso. É uma Fake News. O senador não disse isso. Não quer dizer que ele não possa se candidatar, mas nós construímos uma relação de confiança”, disse o governador. Ele ressaltou que considera o senador uma das pilastras de sua gestão e que um afastamento entre ambos é algo que não enxerga como possível.
Durante a coletiva, Jerônimo também lembrou que, antes de sua escolha para disputar o governo em 2022, Otto foi convidado pelo grupo para encabeçar a chapa, mas recusou a proposta. “Na eleição minha, ele foi convidado para ser o candidato da chapa, mas ele disse que o movimento dele não era esse”, afirmou o governador, reforçando que o senador nunca demonstrou interesse em romper com o projeto político do grupo.
Os rumores ganharam força após uma reunião realizada na quarta-feira entre Otto Alencar e a bancada baiana do PSD na Câmara dos Deputados, em Brasília. No encontro, o senador admitiu pela primeira vez a possibilidade de disputar o governo caso o PT barre a candidatura à reeleição de Ângelo Coronel para o Senado em 2026. Segundo relatos, Otto afirmou que Coronel não pode ser excluído da chapa por um “capricho” do PT de indicar duas vagas ao Senado, defendendo que o colega tem direito à disputa.
No mesmo encontro, Otto afirmou que não acompanharia uma eventual migração de Coronel para o grupo de ACM Neto caso o senador optasse por esse caminho, mas disse que defenderia seu nome dentro do PT se ele decidisse permanecer na base. Ele também admitiu que poderia assumir uma candidatura ao governo caso esse fosse o desejo da bancada federal. O PT, porém, busca reservar as duas vagas ao Senado para Jaques Wagner e Rui Costa, posição reafirmada por Wagner em conversas recentes com aliados.


