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Por Mônica Manir
O futuro das canetas indicadas para tratamento de obesidade ainda está por escrever. Mas os especialistas fazem seus esboços. De imediato, reconhecem que esses medicamentos que simulam a ação do hormônio GLP-1 foram revolucionários num deserto de opções. “A gente carecia de produtos que tivessem alguma efetividade maior no tratamento da obesidade, e a sociedade vinha clamando por isso”, diz o endocrinologista Josemar de Almeida Moura, professor aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
As canetas são medicamentos injetáveis inicialmente desenvolvidos para tratar a diabete tipo 2, mas que derivaram para o tratamento da obesidade e para o controle de peso porque imitam a ação de um hormônio natural produzido no intestino, o GLP-1, por vezes conjugada com a imitação de outro hormônio, o GIP. O GLP-1 retarda o esvaziamento do estômago, promovendo por tabela a sensação de saciedade e a redução da ingestão de calorias. O GIP ajuda no metabolismo da gordura e da glicose.
Para abocanhar ainda mais esse mercado, as farmacêuticas vêm investindo na versão em comprimido desses miméticos – e a oferta deve ser ampliada. Um desafio para aqueles que são fragmentos de proteína, como a semaglutida e a tirzepatida, é vencer o trato digestório. Para não serem degradados antes do tempo, precisam ser protegidos por uma técnica chamada SNAC, que melhora a permeabilidade da mucosa gástrica.
Fonte: Estadão


