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Por Rayllanna Lima
O volume de serviços prestados na Bahia voltou a crescer em outubro e registrou alta de 0,6% frente a setembro, já descontados os efeitos sazonais. O resultado ficou acima da média nacional (0,3%) e marcou o segundo avanço consecutivo após cinco meses de quedas ou estabilidade. Mesmo assim, o estado permanece entre os piores desempenhos do país nos resultados acumulados e na comparação com o ano passado.
Segundo o instituto, “o volume de serviços prestados na Bahia seguiu em alta (0,6%) na passagem de setembro para outubro de 2025”. Mesmo assim, o desempenho baiano ficou apenas na 12ª posição entre os 27 estados. Enquanto Acre, Piauí e Mato Grosso do Sul registraram avanços expressivos, a Bahia manteve um ritmo moderado. No outro extremo do ranking, Tocantins, Distrito Federal e Mato Grosso amargaram as maiores quedas do mês.
Quando a comparação é feita com outubro do ano passado, o cenário muda completamente. O estado voltou ao negativo, com queda de -2,8%, interrompendo a reação observada em setembro. “O volume dos serviços baianos voltou a cair (-2,8%), retornando a sequência de resultados negativos”, destacou o IBGE. O resultado é o quarto pior do país e contrasta com o crescimento de 2,2% registrado pelo Brasil. Apenas Tocantins, Amazonas e Rio Grande do Sul tiveram perdas mais intensas.
Essa retração anual tem causas bem definidas. Dois segmentos fundamentais para a economia baiana puxaram o índice para baixo: transportes, que recuaram -6,9%, e serviços prestados às famílias, com queda de -4,9%. Ambos acumulam resultados fracos ao longo do ano. “O recuo foi concentrado em duas das cinco atividades investigadas, transportes (-6,9%) e serviços prestados às famílias (-4,9%)”, detalhou o instituto.
Mesmo com a pressão negativa desses setores, o estado contou com algum fôlego vindo de outras áreas. “Os outros serviços tiveram o maior aumento no volume prestado (10,1%) e também foram importantes para evitar uma retração maior”, afirmou o instituto. Esse grupo vem numa trajetória consistente, crescendo há 14 meses seguidos e liderando o acumulado de 2025, com alta de 9,4%. Os serviços de informação e comunicação também avançaram 2,5% no mês, embora ainda estejam no vermelho no acumulado anual.
Nos resultados mais amplos, a Bahia segue acumulando perdas. De janeiro a outubro, o setor registra retração de -1,1%, e o acumulado dos últimos 12 meses aponta queda de -0,9%. Em ambos os casos, o estado figura entre os quatro piores desempenhos do país, bem distante da média nacional, que cresceu 2,8%.
Em meio às oscilações do setor, o turismo aparece como o destaque mais consistente da economia baiana. Em outubro, as atividades ligadas ao setor avançaram 0,4% em relação ao mês anterior e 3,8% frente a outubro de 2024. O levantamento mostra que a Bahia já soma 13 meses seguidos de crescimento nas atividades turísticas.
