Foto: Montagem CNN
Por Luiz Raatz, do Estadão
Quando retornou à Casa Branca com seu projeto de levar os EUA a uma era dourada novamente, Donald Trump apostou numa guerra comercial contra aliados e rivais que tinha como principal objetivo enfraquecer a ascensão da China ao status de potência global.
Dentro da ótica trumpista, o imenso superávit comercial do gigante asiático é consequência direta do enfraquecimento industrial americano. Esse dinheiro financia a modernização tecnológica e militar que vem ameaçando o status de Washington como potência hegemônica.
Para corrigi-lo, dizem Trump e seus ideólogos, é preciso punir a China com tarifas pesadas.
Após idas e vindas no modo ‘Trump sempre pipoca’ (TACO, na sigla em inglês) retaliação mais dura de Pequim veio no começo deste mês, quando o Ministério do Comércio restringiu a exportações de terras raras e ímãs de alta performance para os Estados Unidos.
Quem acompanha a coluna sabe que metais raros são cruciais para indústrias de ponta do século 21, principalmente na eletrificação da economia, na indústria de defesa e na construção de data centers de Inteligência Artificial.
Logo que assumiu o cargo, Trump manifestou um súbito interesse por esse tipo de mineral, até mesmo fazendo ameaças de anexação a países ricos em terras raras como o Canadá e a Groenlândia, e pressionando a Ucrânia para entregá-las em troca de ajuda militar.


