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BC sobe de 2,7% para 2,9% a projeção de alta do PIB neste ano e vê crescimento menor em 2023

BC sobe de 2,7% para 2,9% a projeção de alta do PIB neste ano e vê crescimento menor em 2023

Instituição também avaliou que alta de gastos pode aumentar demanda no curto prazo, mas acrescentou que também pode prejudicar crescimento econômico no futuro. PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país e serve para medir o comportamento da economia. O Banco Central elevou de 2,7% para 2,9% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
A informação consta do relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado nesta quinta-feira (15).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
“A alta na projeção do PIB refletiu, sob a ótica da produção, elevação na previsão para o setor de serviços, parcialmente compensada por recuo nas estimativas para agropecuária e indústria”, informou a instituição.
Na quinta alta seguida, o PIB avançou 0,4% no terceiro trimestre deste ano.
Para 2022, o mercado financeiro estima uma alta de 3,05% no PIB brasileiro.
O Banco Central informou ainda que prevê desaceleração da economia brasileira em 2023 na comparação com 2022. A estimativa de expansão do PIB foi mantida em 1% para o ano que vem.
A estimativa para 2023 é superior à do mercado financeiro, que prevê 0,75% de crescimento do PIB no ano que vem, e inferior à divulgada pelo Ministério da Economia, que prevê crescimento de 2,5%.
Aumento de gastos
O Banco Central também avaliou, no relatório de inflação, que as discussões sobre o orçamento de 2023 apontam para maior expansão dos gastos do que a prevista na legislação atual, em especial os associados a transferências às famílias (Bolsa Família).
“O resultado da expansão fiscal sobre a atividade econômica opera por diferentes canais. Por um lado, maiores estímulos fiscais, através de seus efeitos diretos, podem ajudar a sustentar a demanda agregada, especialmente no curto prazo”, informou o BC.
E acrescentou: “Por outro lado, estímulos fiscais adicionais, especialmente se impactarem a percepção de sustentabilidade da dívida pública, podem prejudicar as condições financeiras e o crescimento econômico”.
O recado do BC é divulgado em um momento no qual o Congresso Nacional debate aumento de despesas para manter o benefício do Bolsa Família em R$ 600 no ano que vem, além de recompor despesas em saúde, educação e outras áreas afetadas nos últimos anos.
A elevação de R$ 168 bilhões em gastos por dois anos, discutida na chamada PEC da Transição, já foi aprovada pelo Senado Federal. O texto ainda será avaliado pela Câmara dos Deputados.
O BC concluiu que o resultado final depende da combinação da magnitude da expansão fiscal no curto prazo, ou seja, do tamanho da alta de gastos, e, também, da formulação exata do novo arcabouço fiscal (nova regra das contas públicas, que virá no lugar do atual teto de gastos).

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