Empresa deixa de fabricar o avião mais de 50 anos depois de seu primeiro voo e da construção de 1.574 exemplares. A Boeing entregou, nesta terça-feira (31), o último exemplar de seu lendário 747, o avião que democratizou o transporte aéreo, transportou presidentes dos Estados Unidos e sempre se distinguiu por sua corcova na parte frontal da fuselagem.
Milhares de atuais e antigos funcionários, clientes e fornecedores da fabricante de aeronaves assistiram à entrega do avião, um cargueiro 747-8, à Atlas Air na fábrica de Everett, no noroeste dos Estados Unidos.
O último 747 entregue pela Boeing, um cargueiro à Atlas Air
David Ryder/Reuters
A Boeing vira uma página importante da aviação civil, ao deixar de fabricar o avião, mais de 50 anos depois de seu primeiro voo e da construção de 1.574 exemplares.
Graças ao seu tamanho, alcance e eficiência, o 747 “permitiu que a classe média se aventurasse para fora da Europa, ou dos Estados Unidos, com passagens cada vez mais acessíveis, mesmo durante a crise do petróleo dos anos 1970”, disse Michel Merluzeau, especialista em aviação da empresa AIR.
“Abriu o mundo”, enfatizou, antes de ser superada por aviões mais eficientes e que economizam querosene.
Longa história
A história do 747 começou na década de 1960, quando o transporte aéreo se popularizou, e os aeroportos tiveram de enfrentar um aumento do tráfego. A pedido da Pan Am, a Boeing decidiu construir um avião que pudesse transportar muito mais passageiros.
Inicialmente, seus engenheiros imaginaram duas fuselagens sobrepostas, mas se preocuparam com a situação dos passageiros mais altos, em caso de evacuação da aeronave.
“Em vez de fazer o avião mais alto, vão torná-lo mais comprido”, explicou o historiador da Boeing Michael Lombardi.
Assim, o 747, também chamado de “rainha dos céus”, ou “jumbo”, viria a se tornar o primeiro avião com dois corredores.
Equipada com quatro motores, a aeronave também foi projetada, desde o início, para o transporte de cargas. Assim, para facilitar o carregamento de grandes volumes, ela abre pela parte dianteira.
Por isso, a cabine foi instalada mais acima, com alguns assentos reservados para os privilegiados atrás, criando essa saliência tão característica.
O 747 continuou sendo o maior avião do mercado até a chegada do Airbus A380, nos anos 2000.
Air Force One em preparação
“Embora o 747 tenha sido redesenhado três ou quatro vezes, a evolução tecnológica foi bastante limitada em termos de eletrônica e motores”, disse Merluzeau.
Da última adaptação, o 747-8 lançado em 2005, a Boeing vendeu apenas 48 versões de passageiros, e 107, de carga.
As companhias, como a Qantas e a British Airways, estão gradualmente eliminando estes aviões das suas frotas. Nos Estados Unidos, nenhuma empresa o utilizada desde o fim de 2017.
A Boeing anunciou em 2020 que interromperia sua produção em 2022, embora vá continuar voando por algumas décadas, especialmente em sua versão de carga.
O 747 tem sido o avião dos presidentes americanos desde 1990 e continuará com a Casa Branca ainda por vários anos, já que dois exemplares estão sendo modificados para substituir o Air Force One atualmente em serviço.
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