Trabalhos são dificultados pela baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e fortes ventos na região
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal vai estender as operações pela madrugada desta terça-feira (17) para combater o incêndio no Parque Nacional de Brasília. Até a última atualização desta reportagem, o fogo seguia sem estar totalmente controlado.
Os trabalhos são dificultados pela baixa umidade relativa do ar e os fortes ventos na região, explicou o coronel Pedro Aníbal, comandante operacional dos bombeiros no DF.
“Vamos trabalhar intensamente no período noturno. Faremos a vigilância das áreas onde o incêndio já foi extinto, bem como vamos monitorar a área em que ainda temos focos de incêndio. Além disso, faremos o rescaldo dos pontos quentes para evitar novas reignições”, disse à CNN na noite desta segunda-feira (16).
“Os fatores climáticos influenciam muito no desenvolvimento de qualquer incêndio florestal. Como a gente está num período longo de estiagem, naturalmente a vegetação perdeu bastante umidade. A gente está num período de pouca umidade relativa do ar, e tudo isso influencia no comportamento. No ano passado tivemos um período de estiagem um pouco menor, então tivemos menos problemas com incêndios”, acrescentou.
Ao longo da tarde desta segunda, o Corpo de Bombeiros usou 400 militares no combate direto às chamas e 150 em espera para o revezamento das equipes, fora outros mil de sobreaviso.
Também foram usadas 30 viaturas, entre terrestres e aeronaves. Os bombeiros contam com o apoio de um helicóptero para observar o campo atingido pelas chamas, assim como aeronave com capacidade de lançar água sobre a vegetação, por exemplo.
O primeiro sobrevoo desta terça-feira deve acontecer por volta das 6h.
A fumaça encobriu partes do céu do Distrito Federal, onde não chove há quase 150 dias. A Universidade de Brasília (UnB) e escolas chegaram a cancelar aulas presenciais.
A Polícia Federal investiga as possíveis causas da queimada. Não se descarta que tenha havido ação humana criminosa. Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes), cerca de 2 mil hectares do Parque Nacional foram atingidos pelas chamas.
Fonte: CNN Brasil