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Dólar opera em queda, com críticas de Lula ao BC e Fed no foco

Dólar opera em queda, com críticas de Lula ao BC e Fed no foco


No dia anterior, a moeda norte-americana subiu ,0,51%, vendida a R$ 5,1991. Cédulas de dólar
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O dólar opera em queda nesta quarta-feira (8) com investidores atentos aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e às declarações do presidente Lula em relação à atuação do BC no combate aos juros.
Às 9h32, a moeda norte-americana caía 0,55%, cotada a R$ 5,1707.Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,51%, cotada a R$ 5,1991. Com o resultado, acumula alta de 2,48% no mês e de 1% na semana. No ano, no entanto, ainda tem queda de 1,49%.
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No noticiário local, pesam as falas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central do Brasil.
Na terça-feira (7), Lula voltou a fazer críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto. Para ele, o país vai ter dificuldades de crescer com a atual taxa básica de juros, mantida em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Lula vem criticando o BC nos últimos dias. Campos Neto foi indicado para o cargo no governo Jair Bolsonaro. Também no governo anterior, foi aprovada a autonomia do BC. Assim, Lula não pode mexer no comando do banco.
Lula eleva ataques a Campos Neto enquanto governo e BC acenam com trégua
Em sua última ata, o Copom sinalizou cautela com o percurso inflacionário no Brasil, afirmou que houve uma piora das expectativas de inflação de prazos mais longos e que permanecerá “vigilante” para buscar as metas fixadas, podendo manter os juros altos por um período “mais prolongado” ou até mesmo elevá-los.
Juros mais altos no Brasil aumentam a rentabilidade dos títulos de renda fixa nacionais, o que atrai capital estrangeiro para o país e valoriza o real.
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No cenário externo, as declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, de que 2023 deve ser um ano de “declínio significativo da inflação” foram interpretadas como menos agressivas do que se temia, embora ele tenha reconhecido que os dados fortes de empregos dos EUA da semana passada mostraram que a batalha contra a inflação “levará bastante tempo”.
“Neste momento, os investidores parecem estar se concentrando mais em Powell reconhecendo que as forças desinflacionárias estão se consolidando, em vez de sua preocupação com a última leitura sobre empregos”, disse à Reuters Susannah Streeter, analista de mercado da Hargreaves Lansdown.
Na semana passada, o Fed elevou na semana passada a meta de taxa de juros em 0,25 ponto percentual, uma alta menor que as anteriores.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos daquele país, considerados os mais seguros do mundo. Com retornos mais atrativos, investidores tendem a migrar para a renda fixa americana, o que pode impactar negativamente a moeda e as ações de países emergentes como o Brasil.
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