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Governo adia primeira reunião do ano do Conselho Monetário Nacional para fevereiro

Governo adia primeira reunião do ano do Conselho Monetário Nacional para fevereiro

Encontro estava marcado para esta quinta, mas foi cancelado devido à falta de pauta. Reunião ganhou relevância pela nova composição do conselho e temas que podem entrar em discussão. O governo adiou para 16 de fevereiro a primeira reunião do ano do Conselho Monetário Nacional (CMN). O encontro estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (26), mas foi cancelado.
“Não há deliberações a serem avaliadas e/ou aprovadas pelo CMN neste mês. A próxima reunião está prevista para 16/2”, informou o Ministério da Fazenda, em nota.
Pela manhã, o Banco Central já havia indicado que a reunião seria cancelada. A última vez que isso ocorreu por falta de assuntos a serem votados foi em maio do ano passado.
Meta de inflação
A primeira reunião do ano do CMN ganhou relevância por dois fatores:
a nova composição do conselho
os assuntos que poderão entrar em votação
O Conselho Monetário Nacional tem como função definir as diretrizes da política monetária e de crédito do país. É sua função, por exemplo, definir a meta de inflação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas à meta de inflação definida pelo CMN.
Para o presidente, uma meta baixa faz o Banco Central subir juros demasiadamente, o que inibe o crescimento da economia.
A meta de inflação deste ano é de 3,25% e para 2024 e 2025 foi estabelecida em 3%. Em todos os casos, há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O CMN tem até junho deste ano para fixar a meta de inflação para 2026 e para decidir se altera as metas estabelecidas para os anos anteriores.
Não é comum o conselho alterar metas já estabelecidas, mas pode fazer, caso assim decida.
Tradicionalmente, a reunião do CMN sobre a meta de inflação acontece em junho – prazo limite, segundo o decreto que trata do tema. Contudo, nada impede que o tema seja antecipado.
As reuniões ordinárias do CMN acontecem mensalmente, sempre na 3ª ou 4º quinta-feira do mês. Há, também, a possibilidade de reuniões extraordinárias.
Composição tradicional
Outra novidade do CMN deste ano é o retorno à sua composição tradicional.
No governo Bolsonaro, o conselho era formado pelo presidente do Banco Central, pelo ministro da Economia e pelo secretário especial do Tesouro e Orçamento. Com isso, acaba concentrando poderes nas mãos do ministro da Economia, já que o secretário especial era seu subordinado.
Agora, no governo Lula, o conselho volta à formação original, sendo composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad; pela ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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