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Governo deverá enfrentar resistências na esquerda em nova regra fiscal

Governo deverá enfrentar resistências na esquerda em nova regra fiscal

Palácio do Planalto já foi avisado que partidos de esquerda, como o próprio PT, devem defender na Câmara dos Deputados exceções na previsão de gastos públicos para programas sociais

Para aprovar a nova regra fiscal, considerada estratégica para fazer um aceno aos princípios de responsabilidade nos gastos públicos, o governo deverá enfrentar resistências em partidos de esquerda.

Nas últimas semanas, siglas da base governista acenaram ao Palácio do Planalto não estarem satisfeitas com a proposta elaborada pela equipe econômica e que devem defender exceções na proposta.

Uma delas seria retirar da regra fiscal gastos com programas sociais. O deputado Rogério Corrêa (PT-MG) também afirmou que há um consenso no PT, partido do presidente, para blindar os pisos constitucionais da saúde e educação.

Isso porque há uma discussão nos bastidores, na negociação para aprovar o marco fiscal, sobre a possibilidade de, após a aprovação na nova regra, ser discutida uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para flexibilizar os gastos com as duas áreas.

“Zerar o déficit primário e colocar como meta para o ano que vem é arriscado, porque não sabemos se o crescimento econômico vai propor isso”, disse o petista. “Há, em geral, um apoio ao novo arcabouço fiscal, mas com adaptações favoráveis a investimentos sociais”, acrescentou.

A resistência à proposta é maior entre partidos de esquerda do que de direita, segundo líderes partidários. Nos bastidores, integrantes do PP, do Republicanos e até mesmo do PL, de Jair Bolsonaro, já se mostraram favoráveis à iniciativa.

A expectativa é de que, nesta terça-feira (18), a proposta seja apresentada ao Congresso Nacional e seja anunciado o relator da proposta. O Palácio do Planalto já deu aval para a indicação do deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) para o posto.

A ideia do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é aprovar a iniciativa na Casa Legislativa até a primeira quinzena de maio. O governo federal espera que a tramitação no Senado Federal também seja rápida.

Isso porque o objetivo é de que a aprovação da nova regra fiscal pressione o Banco Central a iniciar, nas reuniões de 20 e 21 de junho, um ciclo de queda da taxa de juros, hoje em 13,75%.

Fonte: CNN Brasil

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