Nesta segunda-feira (28), Helder Almeida, o presidente do União Brasil de Camaçari, anunciou que ira convocar a executiva estadual do partido. O objetivo é dar início a uma ação ordinária no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), buscando a divisão dos R$ 2,5 bilhões que a Ford pagou ao governo estadual devido ao fechamento de sua antiga fábrica no município.
”Nada mais justo que a cidade ter recebido parte desse dinheiro do governo”, afirmou Helder defendendo sobre a decisão do estado dividir 2,5 bi da Ford em municípios.
O valor recebido teria sido direcionado à Fonte 100, destinada a abrigar os fundos independentes do Tesouro. Na perspectiva de Helder, esses fundos deveriam seguir a distribuição estipulada para o ICMS, na qual 75% são destinados ao governo e os 25% restantes são compartilhados entre os diversos municípios do estado.
“O que está havendo é uma completa falta de transparência, não foi correto, houve desrespeito aos municípios. O pacto federativo foi atingido. Nos deixa perplexos, e ao mesmo tempo, inconformados, principalmente diante deste cenário que estamos vendo de queda na arrecadação das prefeituras. O governo deveria dar a mão aos municípios”, destacou.
Conforme declarações do líder político, foi Camaçari a localidade mais afetada pela saída da Ford, enfrentando a perda expressiva de cerca de 12 mil postos de trabalho diretos. Além disso, o comércio da cidade viu uma queda de mais de R$ 25 milhões em termos de remuneração dos empregados e enfrentou uma diminuição na arrecadação. “Nada mais justo do que a cidade ter recebido parte desse dinheiro do governo. O correto seria que esse dinheiro fosse incorporado ao fundo do ICMS e distribuído como manda a lei: 75% do estado e 25% entre os municípios”, destacou.