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Hospital Ortopédico do Estado da Bahia realiza novo mutirão de cirurgias de quadril em crianças com complicações relacionadas ao Zika Vírus

Hospital Ortopédico do Estado da Bahia realiza novo mutirão de cirurgias de quadril em crianças com complicações relacionadas ao Zika Vírus

Foto: Leonardo Rattes- Ascom/Sesab

O Hospital Ortopédico do Estado irá realizar um novo mutirão de cirurgias de quadril em crianças com sequelas neurológicas decorrentes da Síndrome Congênita pelo Zika Vírus, nesta sexta-feira (26). Em um único dia, dez pacientes pediátricos passarão por procedimentos para correção de luxações e outras alterações osteomusculares (em músculos e ossos).

A Síndrome Congênita pelo Zika Vírus é caracterizada por um conjunto de alterações que podem afetar o cérebro, os ossos, os músculos e o desenvolvimento neuropsicomotor. Desde 2015, a condição acomete bebês cujas mães foram infectadas durante a gestação. Este será o segundo mutirão dedicado à síndrome na unidade, que já realizou 48 consultas e 28 cirurgias em pacientes pediátricos acompanhados pelo hospital.

Pensão vitalícia

O Governo Federal publicou a regulamentação que garante apoio financeiro a crianças nascidas com Síndrome Congênita pelo Zika Vírus. A portaria conjunta do Ministério da Previdência Social e do INSS define o pagamento de uma pensão vitalícia, no valor de R$ 8,1 mil mensais — equivalente ao teto do Regime Geral da Previdência Social — além de indenização única de R$ 50 mil. O benefício é restrito a crianças com deficiência permanente provocada pelo Zika Vírus durante a gestação.

A medida tem impacto especial na Bahia. Entre 2015 e 2025, foram notificados 2.374 casos suspeitos da Síndrome Congênita pelo Zika Vírus no estado, com 557 confirmações. O auge da crise ocorreu em 2015 e 2016, quando a relação entre o vírus e a microcefalia foi reconhecida cientificamente e a rede de saúde baiana passou a lidar com um volume inédito de diagnósticos e atendimentos. Nesse período, foram registrados 1.003 casos suspeitos, com 332 confirmações.

Tanto o Governo do Estado quanto os municípios são responsáveis pelo acompanhamento de centenas de famílias espalhadas por diferentes localidades, o que reforça a necessidade de integração entre políticas de saúde, assistência social e educação.

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