O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), retornou recentemente de viagem à Ásia e dedicará a semana para discutir o andamento do Projeto de Lei (PL) da Anistia. A proposta visa conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, e tem gerado intensos debates no Congresso Nacional.
Para avançar nas discussões, Motta agendou reuniões com líderes partidários, incluindo os do Partido Liberal (PL) e do Partido dos Trabalhadores (PT). O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), confirmou que o presidente da Casa se reunirá com líderes de nove partidos favoráveis ao projeto, como União Brasil, PP, PSDB, entre outros. O objetivo é definir a inclusão do requerimento de urgência na pauta da próxima semana.
Por outro lado, o PT expressa preocupação com o avanço do PL da Anistia. O líder do partido na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que está monitorando os votos favoráveis à proposta e considera “preocupante” um possível avanço do projeto. Lindbergh ressaltou que a próxima semana será crucial para as discussões, destacando a necessidade de mobilização para barrar a pauta.
A definição sobre a urgência do PL da Anistia será tomada na reunião de líderes marcada para terça-feira (1º). Caso a urgência seja aprovada, a expectativa é que a votação ocorra na semana seguinte, diretamente no plenário, sem passar pelas comissões temáticas. Entretanto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), já sinalizou que a proposta não é prioridade e que dificilmente será pautada neste ano.
A polarização em torno do PL da Anistia reflete a divisão entre governo e oposição, com cada lado mobilizando esforços para influenciar o andamento da proposta no Congresso Nacional.