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Ibovespa avança após decisões de juros no Brasil e nos EUA; dólar cai

Ibovespa avança após decisões de juros no Brasil e nos EUA; dólar cai

O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, e pediu cautela “ainda maior” na política monetária

O Ibovespa buscava manter o viés positivo nesta quinta-feira (01), trabalhando acima dos 128 mil pontos, em meio a um exterior favorável, enquanto a temporada de balanços destacava os números da Ambev, cuja ação avançava mais de 2% após a fabricante de bebidas mostrar um resultado operacional acima do esperado.

Por volta de 11h19, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,69%, a 128.530,75 pontos.

No mesmo horário, o dólar à vista caía 0,19%, a R$ 5,6418 na venda, enquanto investidores continuam repercutindo as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos..

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,64%, a R$ 5,6558.

No Brasil
Na sessão desta quinta-feira, agentes financeiros seguem avaliando decisões de bancos centrais na quarta-feira, em busca de sinais sobre a trajetória futura dos juros e o impacto sobre os ativos brasileiros.

O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria, e pediu cautela “ainda maior” na política monetária, avaliando também que a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem impactado preços de ativos e expectativas de mercado.

A decisão pela manutenção era esperada por economistas, que seguem incertos, por outro lado, sobre o que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará com a taxa básica de juros nos próximos meses, o que contribuía para pressionar o dólar.

“O BC tem agido com bastante cautela principalmente por conta da alta volatilidade causada por medo do mercado de uma posição leniente com a inflação”, disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

No cenário externo
O Federal Reserve também manteve sua taxa de juros inalterada, mas abriu a porta para reduzir os custos dos empréstimos já na próxima reunião de política monetária, em setembro, conforme a inflação continua a se alinhar com a meta de 2% do banco central dos EUA.

“Lá fora o resultado (também) veio dentro do esperado, a parte mais relevante foi o discurso do (chair Jerome) Powell trazendo ancoragem de expectativas com um corte para setembro, que já havia sido precificado anteriormente mas já haviam analistas jogando o corte pra novembro”, completou Massote.

Quanto mais o Fed cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo quando os rendimentos dos Treasuries caem.

Com isso, o dólar tinha tendência de baixa contra a maior parte das moedas emergentes, recuando ante o peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,26%, a 104,320.

Ainda na quarta-feira, a disputa entre investidores pela formação da Ptax de fim de mês deu impulso às cotações no Brasil.

Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

Fonte: CNN Brasil

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