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Israel destrói aldeias palestinas no sul da Cisjordânia

Israel destrói aldeias palestinas no sul da Cisjordânia


Oficiais de defesa israelenses citados pelas autoridades locais e pelo grupo de direitos humanos disseram que em breve removeriam à força mais de 1.000 residentes da área. Arquivo – Um homem palestino entra em sua casa na comunidade Jinba, Masafer Yatta, na Cisjordânia, sexta-feira, 6 de maio de 2022
AP Foto/Nasser Nasser
O exército de Israel demoliu casas, tanques de água e olivais em duas aldeias palestinas no sul da Cisjordânia, onde alguns moradores correm o risco de despejo iminente, disseram moradores nesta quarta-feira (4).
Uma das aldeias cujos edifícios foram demolidos na terça-feira faz parte de uma área árida da Cisjordânia conhecida como Masafer Yatta, que o exército israelense diz ser um local de treinamento de fogo. Cerca de 1.000 residentes das oito aldeias que compõem a região estão prestes a ser expulsos, uma ordem que a Suprema Corte de Israel confirmou em maio, após uma batalha legal de duas décadas.
De acordo com imagens compartilhadas por moradores e ativistas locais, veículos blindados escoltaram as equipes de máquinas pesadas até as cidades de Ma’in e Shaab al-Butum, que fazem parte de Masafer Yatta.
“Este é o quarto dia do Ano Novo, e esta é a quinta vez que essas árvores foram cortadas e destruídas por colonos israelenses extremistas”, postou um morador da região, no Twitter.
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Guy Butavia, um ativista do grupo israelense de direitos humanos Taayush, disse que o exército destruiu cinco casas, currais e cisternas, despejando os pertences das pessoas no deserto.
“Eles vêm e destroem sua casa. É inverno. Faz frio. E agora que? Onde você vai dormir essa noite?”, questionou Butavia.
A maioria dos moradores da área não se mudou apesar da decisão, mesmo com a chegada periódica das forças de segurança israelenses para demolir as estruturas. No entanto, eles podem ser expulsos a qualquer momento.
Oficiais de defesa israelenses citados pelas autoridades locais e pelo grupo de direitos humanos disseram que em breve removeriam à força mais de 1.000 residentes da área.
“Existe uma preocupação genuína de que um grave crime de guerra esteja sendo cometido”, disse Roni Pelli, porta-voz da Associação de Israel pelos Direitos Civis (Acri).
O Cogat, o órgão de defesa de Israel que lida com assuntos civis palestinos, se recusou a comentar o assunto.
As duas cidades estão localizadas em 60% da Cisjordânia conhecida como Área C, onde o exército israelense exerce controle total sob acordos de paz provisórios firmados com os palestinos na década de 1990. Prédios palestinos construídos sem licença militar, o que os moradores dizem ser quase impossível obter, correm o risco de serem demolidos.

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