Molusco é alimento e renda nos vilarejos no extremo norte do Parque dos Lençóis Maranhenses. Marisqueiras estão animadas com a temporada de sarnambis, no Maranhão
A temporada dos mariscos começou no Maranhão. Com isso, foi dado início a invernada nas praias e lagos da costa leste do estado, vasculhando os manguezais para catar os sarnambis.
O molusco é alimento e renda nos vilarejos como o de Trevosa, localizado no extremo norte do Parque dos Lençóis Maranhenses, cerca de 260 km de São Luís. Os mariscos são extraídos, em grande maioria pelas mulheres, ajudando no sustento das famílias, que estão animadas com a temporada.
A rotina árdua e longa depende da variação das marés. Quando o mar vai embora, ele revela os bancos de sernambis que estavam submersos.
A maioria das mulheres ajuda no sustento da família revirando a lama, a beira dos igarapés, em busca dos mariscos. O manguezal em Travosa é como se fosse um armazém natural, com imensos estoques de sarnambi.
“A gente compra o arroz, o feijão, o açúcar, o café, o biscoito, a galinha porque a gente está comendo muita galinha aqui, porque o peixe está fraco”, conta Cintia Maria Conceição dos Santos, marisqueira.
Marisqueiras estão animadas com a temporada de sarnambis e esperam aumento na vendas no Maranhão
Reprodução/TV Globo
O tempo de fartura nos manguezais acontece entre os meses de novembro a março, quando as conchas estão maiores e atingem a fase adulta. A maior parte da produção é vendida no vilarejo.
As marisqueiras esperam que nesta temporada os preços voltem a serem os mesmos de antes da pandemia de Covid-19, que custa cerca de R$ 15 o quilo. Na fase mais crítica durante a pandemia, a quantidade de compradores diminuiu cerca de 80% e os preços chegaram a R$ 10 o quilo.
O molusco é alimento e renda nos vilarejos
Reprodução/TV Globo
As mulheres ainda enfrentam o desafio de conseguir armazenar a produção. Uma empresária do Rio de Janeiro doou um terreno e uma casa, para ajudar as marisqueiras que agora, querem equipar com um freezer para os mariscos.
“Nosso sonho é ter nossa associação para ter nosso local para trabalhar, tudo direitinho, tudo limpinho”, disse Conceição Maria Pereira Silva, marisqueira.
Até o momento, um rancho de palha serve como alojamento e local de produção das marisqueiras, de forma improvisada. O sonho do grupo é montar cooperativa e tornar o negócio artesanal lucrativo.
“Isso seria uma coisa muito boa, porque a gente quase todo dia a gente teria o dinheiro no nosso bolso. Então a gente vive é disso!”, reforça Maria Aparecida Marques, marisqueira.
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