Participação de políticos deveria ser evitada em empresas estatais, diz especialista

Participação de políticos deveria ser evitada em empresas estatais, diz especialista

Na semana que vem, STF deve julgar liminar que derrubou pontos da Lei das Estatais e flexibilizou as regras para a nomeação de políticos

A Lei das Estatais deve entrar em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana. Em entrevista à CNN, João Cox, sócio-fundador da Cox Investimentos & Consultoria, afirmou que a participação de políticos em empresas estatais deveria ser evitada.

“Com todo respeito a competência dos políticos, devemos evitar a presença deles em órgãos de administração [pública]. Eu não digo isso por incompetência deles, mas não é necessariamente para aquilo que eles se formaram”.

O executivo foi considerado um dos cem brasileiros mais influentes do país pela revista Istoé em 2008 e já atuou em empresas como Petrobras e Braskem, após terem sido alvo da Operação Laja-jato. Ele afirma que casos de corrupção aconteceram porque as regras de governança não estavam sendo respeitadas e que os conselhos das companhias precisam sempre estar atentos para evitar irregularidades.

“Um conselho tem que estar preocupado com diversas regras como receituário, a Lei 6.404 [que fala sobre a natureza das Companhias ou Sociedades Anônimas], no caso das empresas estatais também a Lei das Estatais. Você precisa assegurar que tudo isso está sendo visto e atendido e que requer, por óbvio, uma eficiência nesses temas. Então eu acho que o melhor cenário possível para as empresas estatais é que elas permanecessem com pessoas indicadas do mercado para participar delas”, concluiu Cox.

Votação no STF
As falas vêm a uma semana de uma discussão no Supremo Tribunal Federal sobre a liminar do ministro Ricardo Lewandowski que derrubou pontos da Lei das Estatais e flexibilizou as regras para a nomeação de políticos.

Pela Lei das Estatais, políticos indicados para cargos em empresas públicas precisariam passar por uma quarentena. Se a liminar for derrubada, todos os políticos indicados com base na liminar terão que deixar seus cargos, o que pode impactar inclusive na articulação de Lula no Congresso.

Fonte: CNN Brasil

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