Fato Verdade

Produção industrial cai, em novembro, em 6 dos 15 locais pesquisados, aponta IBGE

Produção industrial cai, em novembro, em 6 dos 15 locais pesquisados, aponta IBGE


Retração no setor extrativo do Pará e do Rio de Janeiro foi o que mais influenciou na queda de 0,1% da indústria nacional. Produção de veículos em São Paulo, porém, pressionou positivamente o resultado nacional. Produção de veículos pela indústria paulista se destacou em novembro
Getty Images
A produção industrial teve queda, na passagem de outubro para novembro, em 6 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), conforme dados divulgados nesta sexta-feira (13).
No resultado geral, a indústria brasileira recuou 0,1% em novembro na comparação com outubro. As quedas mais intensas foram registradas no Pará (-5,2%) e em Pernambuco (-2,0%).
Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o resultado do Pará eliminou o ganho de 5% registrado no mês anterior na indústria local.
“O setor extrativo foi o que mais influenciou nesse recuo. A indústria paraense é pouco diversificada, concentrando-se principalmente no setor extrativo. Por isso ele causa variações bem significativas nessa indústria”, destacou
Já Pernambuco teve sua segunda taxa negativa seguida, com perda acumulada de 8,2% nestes dois meses. Segundo Almeida, os setores de alimentos e metalurgia foram os principais fatores que afetaram a indústria pernambucana.
Embora menos intensa que a pernambucana, a queda de 0,9% da produção fluminense exerceu o segundo maior impacto negativo sobre o resultado geral da indústria. Assim como ocorrido no Pará, foi o setor extrativo o principal responsável pela retração da produção industrial no Rio de Janeiro, impactada também pela queda na produção de derivados do petróleo.
“No mês de outubro, a indústria fluminense atingiu um crescimento de 0,9%, ou seja, a taxa de novembro também eliminou esse resultado positivo. No caso do Rio Grande do Sul, que teve queda de 1,3%, a maior influência foi dos setores de produtos de metal e de outros produtos químicos”, complementa Bernardo.
O setor extrativo também foi o que mais pressionou a queda de 1,3% da Região Nordeste, associada. Foi a segunda taxa negativa seguida da região, com perda acumulada de 6,7% no bimestre.
Bom desempenho
Dentre as nove regiões pesquisadas que apresentaram avanço na produção industrial na passagem de outubro para novembro se destacam o Paraná e Espírito Santo, que registraram as maiores taxas no mês – 8,5% e 7,6%, respectivamente.
A indústria paranaense registrou esse aumento expressivo a partir do bom desempenho do segmento de derivados do petróleo. Essa foi a primeira taxa positiva do Paraná após uma sequência de cinco meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 16,3%.
O Espírito Santo também registrou sua primeira taxa positiva após cinco meses seguidos de queda na produção, com perda acumulada de 20,6%. Foi o setor extrativo o principal responsável pela retomada de ganho da indústria capixaba.
Embora tenha registrado a sexta maior taxa dentre as nove positivas no mês, a indústria paulista foi a que exerceu a maior pressão positiva sobre o resultado nacional.
Com alta de 3,1% na comparação com outubro, a mais alta desde março, São Paulo teve o segundo mês seguido de crescimento, acumulando ganho de 3,8% no período.
“O setor de veículos, um dos principais da indústria paulista, foi determinante para o resultado”, destacou o analista Bernardo Almeida.
Ceará (4,3%), Mato Grosso (3,8%), Bahia (3,5%), Minas Gerais (2,2%), Santa Catarina (0,3%) e Amazonas (0,1%) mostraram os demais resultados positivos neste mês.

administrator

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *