O presidente eleito Lula e o ex-governador do Piauí Wellington Dias
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) pode assumir uma das pastas mais disputadas do novo governo: o Ministério do Desenvolvimento Social. Esse é o desejo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, segundo fontes ouvidas pelo blog.
Dias também foi cotado para o Ministério do Planejamento e do Desenvolvimento Regional, mas o PT articula para ele assumir a pasta que será responsável, entre outros programas, pelo Bolsa Família (atual Auxílio Brasil).
Terceira colocada na eleição presidencial, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) era a principal cotada para assumir a pasta. Ela apoiou Lula no segundo turno da disputa.
O Ministério do Desenvolvimento Social, no entanto, é prioritário para o PT, que quer um filiado da sigla à frente da pasta.
Nos últimos dias, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), conversou Simone Tebet.
O blog apurou que, no encontro, o governo eleito ofereceu o Ministério do Meio Ambiente, mas Simone Tebet rejeitou o convite, apesar de ter experiência na área.
Simone teria dito que recusou o convite “para não trair uma mulher”, referindo-se à Marina Silva, que é um dos principais nomes ventilados para comandar a pasta.
A grande dúvida, no entanto, continua sendo qual será o cargo de Simone Tebet no futuro governo.
A senadora, que foi considerada essencial na campanha de Lula no segundo turno das eleições, teria sinalizado interesse em pastas como Educação, Indústria e Comércio e Saúde, mas todas já estão encaminhadas ou com nomes prestes a serem anunciados.
Liderança do governo no Senado
O nome de Wellington Dias passou a ser citado por interlocutores do PT como o favorito para a pasta na última segunda-feira (19).
Naquela noite, houve uma reunião no hotel em que Lula está hospedado para tratar da ida de Dias para o Desenvolvimento Social.
Participaram do encontro o próprio senador, presidente eleito, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além do senador Jaques Wagner (PT-BA).
Dias era cotado para ser o próximo líder do governo no Senado. Se a ida dele ao MDS se concretizar, a função deverá ficar com Wagner.
Simone Tebet foi convidada pela cúpula da transição para o Ministério do Meio Ambiente, mas declinou.
Um auxiliar do presidente eleito disse reservadamente ao blog que Tebet deveria ter aceitado o Ministério da Agricultura.
Esse interlocutor acredita que a pasta dará visibilidade inclusive internacional a Tebet porque o agronegócio sustentável terá papel de destaque no futuro governo, uma espécie de Marina Silva do agro.
O argumento é que, embora seja de Mato Grosso do Sul, Tebet não é uma representante do agronegócio. “O Lula é que vai decidir, mas nós vamos brigar pelo MDS”, afirmou o auxiliar.
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