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O descarte correto de medicamentos vencidos deve ser feito em farmácias ou pontos de coleta autorizados. A medida evita que os compostos químicos presentes nas fórmulas contaminem rios, solos e lençóis freáticos. Após o vencimento, o ideal é descartar o produto e adquirir uma nova embalagem.
Apesar disso, é comum que cartelas de remédios sejam guardadas sem a caixa original, o que dificulta a visualização da validade e aumenta o risco de uso inadequado. O paracetamol é um dos medicamentos mais frequentemente esquecidos. De acordo com o Sistema Integrado de Gestão e Recolhimento de Embalagens e Medicamentos da Espanha, a estabilidade da substância só é garantida até a data informada pelo fabricante.
Após esse prazo, não há comprovação científica sobre os efeitos do fármaco. Ele pode perder a eficácia e não produzir o alívio esperado. Há também a possibilidade de alteração química dos compostos, o que pode gerar reações adversas no organismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a automedicação e o uso incorreto de medicamentos estão entre as principais causas de complicações preveníveis em saúde.
No caso dos antibióticos, o consumo após o vencimento representa um risco maior. Com a perda de eficiência, o medicamento pode eliminar apenas as bactérias mais frágeis e favorecer a sobrevivência das mais resistentes. Esse processo contribui para o surgimento das chamadas superbactérias, com baixa resposta aos tratamentos convencionais.
Medicamentos líquidos, como xaropes e colírios, também merecem atenção redobrada, pois apresentam maior volatilidade e instabilidade após o prazo de validade. Nessas situações, cresce a probabilidade de ineficácia e de reações indesejadas.
Manter os medicamentos identificados e dentro das embalagens originais facilita o controle das datas. Em caso de vencimento, a orientação é evitar o consumo e fazer o descarte adequado.
*Com informações do Correio
