Já não basta o preço do arroz, do feijão e da passagem de ônibus, agora vem mais esse aumento na conta de luz. O salário não acompanha e cada mês é um sufoco diferente”, desabafa a diarista Luciana Silva, moradora de São Caetano. Para ela, como para milhões de soteropolitanos, a notícia de que a conta de energia ficou mais cara desde ontem, com a entrada em vigor da bandeira vermelha patamar 2, soou como um golpe no orçamento doméstico.
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que, durante todo o mês, a cobrança extra seguirá no nível mais alto do sistema, representando um acréscimo de **R\$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos**. O anúncio vem justamente na virada do inverno para a primavera, quando o calor aperta em Salvador e cresce o uso de ventiladores e ar-condicionado.
O contraste é ainda mais marcante porque, enquanto parte dos alimentos registrou deflação em Salvador no último mês, aliviando um pouco o bolso nas feiras e supermercados, a conta de luz segue na direção contrária. É a típica sensação de que o brasileiro não tem um dia de paz: quando um preço recua, outro sobe, e o orçamento continua em permanente oscilação.
Segundo a Aneel, a decisão se deve às chuvas abaixo da média em várias regiões do país, o que reduziu a produção de energia em hidrelétricas e elevou a dependência das usinas térmicas – mais caras e poluentes. Para os consumidores, porém, a justificativa pouco adianta. “É sempre a mesma história: dizem que falta chuva, mas a conta nunca baixa quando o tempo melhora. Parece que só aumenta”, critica o comerciante Paulo Henrique Souza, da Barra.
Coelba recomenda economizar
A Neoenergia Coelba, responsável pelo fornecimento de energia na Bahia, reforça as orientações para o uso consciente neste período de bandeira vermelha. Entre as dicas estão aproveitar a iluminação natural, desligar lâmpadas e aparelhos quando não estiverem em uso e trocar lâmpadas antigas por modelos de LED, que podem reduzir o consumo em até 78%.
No caso de eletrodomésticos, a recomendação é escolher equipamentos com o Selo Procel ou classificação “A” do Inmetro, observando as etiquetas que indicam o gasto médio de cada aparelho. Na prática, a diferença de consumo entre modelos similares pode chegar a 50%.
O ar-condicionado, companheiro quase indispensável em dias quentes, deve ser regulado em temperaturas mais altas e ter a limpeza dos filtros mantida em dia. Já o chuveiro elétrico deve ser usado na posição “verão”, que consome até 30% menos energia.
Dinheiro no bolso do baiano entra tão rápido quando sai
Para quem vive em Salvador, a sensação é de estar sempre correndo atrás do prejuízo. “O custo de vida só sobe. A gente tira tudo da tomada, apaga a luz, tenta economizar em casa, mas no fim o valor da conta nunca alivia” reclama José Raimundo Santos, morador do bairro de Brotas. Especialistas lembram que a bandeira tarifária, criada para dar transparência ao custo da energia, acabou se transformando em mais um peso no bolso do consumidor. “No fim, é como se fosse um imposto extra, que recai principalmente sobre quem já tem menos renda”, avalia analista financeiro Gabriel Thomé.