País registrou 29 mortes ligadas à doença até a última sexta-feira (2)
A explosão de casos de dengue em diversas regiões do país fez com que pelo menos três estados decretassem situação de emergência em saúde pública. Acre, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal, já decretaram situação de emergência.
O primeiro estado a tomar a medida foi o Acre, no dia 5 de janeiro. No dia 25 do mesmo mês, o governo do Distrito Federal também declarou situação de emergência.
O texto cita não apenas a expansão de casos da dengue, mas “risco de epidemia por doenças transmitidas pelo [mosquito] Aedes aegypti”, o que inclui enfermidades como zika e chikungunya, além da febre amarela. O decreto vai perdurar enquanto a situação sanitária causada por arboviroses no Distrito Federal não for estabilizada.
Um dia depois, o governo de Minas Gerais também decretou emergência no estado em razão da nova onda de casos de dengue e chikungunya registrada nas primeiras semanas do ano.
Segundo o texto do decreto, a medida foi aplicada em razão do impacto econômico e social historicamente relacionado à dengue, que pode ser potencializado durante uma epidemia simultânea de chikungunya.
O último estado a aplicar a medida foi Goiás, que publicou o decreto na última sexta-feira (2). Dados da Secretaria de Saúde indicam que, neste ano, foram registrados 22.275 casos de dengue e duas mortes no estado, um aumento de 58% na comparação com o mesmo período de 2023.
Municípios
Além dos estados, a cidade do Rio de Janeiro também decretou estado de emergência na saúde pública por conta da epidemia de dengue que atinge a capital.
Em publicação no Diário Oficial desta segunda-feira (5), a administração municipal considera o acentuado aumento de casos e internações na capital como fator para decretar a medida.
Na última sexta (2), o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, confirmou que o Rio enfrenta uma epidemia da doença. Só em janeiro, a rede de saúde da prefeitura do Rio teve 362 pessoas internadas por causa da dengue, número recorde desde 2008.
Outra cidade na mesma situação é Oiapoque, no norte do Amapá. O governador do estado, Clécio Luís (Solidariedade), decretou, na última quinta-feira (1º), situação de emergência na cidade. A prefeitura do município solicitou apoio devido a dificuldades de atendimento e no combate a doenças virais.
Os municípios em situação de emergência reconhecida pelo governo federal podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada, fazer compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para custear ações de combate à crise.
(Publicado por Duda Cambraia. Com informações da Agência Brasil, Catarina Nestlehner, Carolina Figueiredo e Victor Aguiar, da CNN)
Fonte: CNN Brasil