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IPCA-15: indicador fica em 0,52% em dezembro

IPCA-15: indicador fica em 0,52% em dezembro


Assim, o índice fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%. Alimentos
Tiago Ghizoni/ NSC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – ficou em 0,52% em dezembro, informou nesta sexta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o índice fechou o ano de 2022 com variação acumulada de 5,90%.
Em 2021, a prévia da inflação havia sido de 10,42%, a maior para um ano desde 2015.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Transportes e Alimentação e bebidas foram responsáveis pelo maior impacto no mês. Vestuário, por sua vez, apresentou a maior variação, fechando o ano com a maior alta acumulada (18,39%) entre os grupos. Veja abaixo:
Alimentação e bebidas: 0,69%
Habitação: 0,40%
Artigos de residência: -0,46%
Vestuário: 1,16%
Transportes: 0,85%
Saúde e cuidados pessoais: 0,40%
Despesas pessoais: 0,39%
Educação: 0,00%
Comunicação: 0,18%
Alimentos tiveram o maior impacto no IPCA-15 no ano
No topo da lista dos maiores impactos de 2022 está o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 11,96%. Na passagem de novembro para dezembro, os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,78%, influenciados pelas altas da cebola (26,18%) e do tomate (19,73%). Nos últimos três meses, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 52,74% e 49,84%, respectivamente.
Além disso, os preços do arroz (2,71%) e das carnes (0,92%) também subiram em dezembro, contribuindo para a alta do grupo.
Pelo lado das quedas, destaca-se a redução nos preços do leite longa vida (-6,10%) pelo quarto mês consecutivo. Apesar da queda, o produto encerrou o ano de 2022 com aumento de 25,42%. Já alimentação fora do domicílio apresentou um resultado próximo ao de novembro (0,40%). O lanche teve alta de 0,88%, enquanto a refeição subiu 0,28%.
Transportes acelera com passagens e gasolina
O grupo dos Transportes acelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,85%), principalmente devido à alta nos preços das passagens aéreas (0,47%), que haviam recuado quase 10% no mês anterior.
Os preços dos combustíveis (1,79%) seguiram em alta, embora o resultado tenha ficado abaixo do observado em novembro (2,04%).
A gasolina (1,52%), em particular, contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, enquanto o etanol (5,44%) teve a maior variação entre os combustíveis pesquisados.
Óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) tiveram queda de preços em dezembro.
Todas as regiões tiveram alta em dezembro
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em dezembro. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,89%), influenciada pelas altas da gasolina (2,74%), da energia elétrica (4,13%) e do tomate (33,75%). O menor resultado ocorreu em Salvador (0,36%), onde pesou a queda de 3,50% nos preços da gasolina.
Veja a variação em todas as regiões pesquisadas:
Goiânia: 0,89%
Brasília: 0,80%
Curitiba: 0,67%
Belo Horizonte: 0,58%
Porto Alegre: 0,56%
Fortaleza: 0,53%
Belém: 0,51%
Recife: 0,45%
São Paulo: 0,45%
Rio de Janeiro: 0,40%
Salvador: 0,36%
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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