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Como cuidar do seu dinheiro e investir melhor em 2023?

Como cuidar do seu dinheiro e investir melhor em 2023?


Entenda como as sinalizações do novo governo podem afetar o mercado financeiro e proteja seu patrimônio em 2023. Inteligência Financeira
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O período de transição presidencial é sempre um desafio para analistas e investidores. Cada declaração da nova gestão conta e pode afetar a economia, que reage como um tsunami especulativo no mercado financeiro. Nesse momento, cuidar dos investimentos é ainda mais importante. Para garantir que esse mar turbulento não afete negativamente sua vida financeira, convidamos Rodrigo Azevedo, planejador financeiro CFP®, economista e sócio-fundador da GT Capital, para analisar o cenário e dar dicas sobre como passar por essa fase com segurança e rentabilidade.
ENTREVISTA
1. O ano de 2023 marca o início de uma nova gestão presidencial. Quais são as preocupações ou aspectos adicionais a serem considerados na hora de investir?
A mudança de presidente e, principalmente, de equipe econômica, é sempre um ponto de atenção para os investidores. Entre estes pontos, o principal diz respeito à maneira como o novo governo e sua equipe irão lidar com a questão fiscal do país. Tanto que a primeira discussão levantada nas semanas após o resultado do segundo turno foi sobre uma PEC da transição. Uma vez que fique mais claro quais serão os caminhos tomados pela nova equipe econômica, o investidor também passará a entender melhor de que maneira preparar sua carteira, uma vez que o caminho escolhido impactará na taxa de juros, na inflação e no resultado das empresas listadas.
2. Embora a equipe econômica não tenha sido anunciada, o que o mercado vem sinalizando sobre a mudança?
As duas primeiras semanas após o resultado das eleições foram marcadas por incertezas sobre a direção que o novo governo dará para a economia. Isso, consequentemente, acabou trazendo muita volatilidade para o mercado. A sinalização dada durante a campanha de que o ministro escolhido seria pró-mercado logo foi substituída por uma possível escolha política. Com isso, o mercado saiu de uma posição neutra para uma sequência de dias de queda. Depois, o novo governo tentou estancar essas baixas anunciando uma equipe econômica de transição com nomes conhecidos e que agradam o mercado.
3. Quais serão os maiores desafios para os investidores em 2023?
2023 exigirá do investidor uma postura mais analítica e moderada, principalmente neste primeiro momento em que as incertezas em relação ao rumo da economia ainda pairam sobre o mercado. Uma vez que se tenha ideia dos próximos passos, o desafio passará a ser montar ou ajustar a carteira para buscar ganhos interessantes dentro da nova realidade.
4. Como o investidor pode se proteger dessa volatilidade econômica?
Preferindo, neste momento, ativos com maior liquidez. Com a taxa de juros nos patamares atuais e com perspectivas de que siga a níveis altos, o investidor consegue hoje uma rentabilidade interessante e também fica livre para fazer movimentos estratégicos conforme o cenário for ficando mais claro.
5. Quais erros o investidor deve evitar neste período de instabilidade?
O investidor deve evitar aplicações de prazo muito longo e que comprometam uma parte relevante da sua carteira, preferindo, neste momento de instabilidade, ativos com maior liquidez e que permitam movimentos rápidos, uma vez que se tenha clareza dos caminhos tomados na economia do país. Para o investidor que já busca incluir ativos de risco em sua carteira, aproveitando as recentes quedas do mercado, a orientação é para que as compras sejam feitas ao passar do tempo, não de uma vez só.
6. Na transição, recomenda-se investir em títulos públicos ou privados?
Apesar de os títulos públicos serem aqueles considerados de menor risco no mercado, não vejo por que um investidor com experiência não possa aproveitar oportunidades em títulos privados. Minha preferência por títulos públicos acaba sendo para investidores iniciantes e com perfil conservador.
7. Em que situações o investidor deve considerar um rebalanceamento de carteira?
É muito provável que estejamos próximos do momento de rebalancear a carteira porque os investidores e o mercado, de maneira geral, buscam prever os movimentos futuros, e os sinais que temos recebido do presidente eleito são muito pessimistas em relação à responsabilidade fiscal do país.
8. 2023 será o ano da renda fixa ou da renda variável? Por quê?
Neste momento, tudo leva crer que 2023 seguirá sendo um ano muito interessante para a renda fixa. A expectativa é de que a taxa de juros siga em dois dígitos até o final do ano, algo que historicamente sempre agradou o investidor brasileiro.
Vejo a renda variável tendo desafios maiores, mesmo que grande parte das empresas que compõem nosso índice venham apresentando balanços interessantes. Quando olhamos para o mercado global, as perspectivas são muito negativas. Países que historicamente não conviviam com inflação e taxa de juros positiva, hoje estão com taxas em patamares históricos, e muitos deles estão à beira da recessão. Isso tende a afetar o mercado de risco brasileiro.
9. Para você, inteligência financeira é… estar atento e bem informado sobre assuntos que impactam diretamente nossas finanças, usando essas informações para proteger e qualificar os investimentos que irão possibilitar o atingimento de nossos objetivos financeiros.
Quer saber mais sobre a transição e seus efeitos no seu bolso? Então acompanhe de perto a cobertura política e econômica da inteligenciafinanceira.com.br

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