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Categoria permite que o trabalhador preste serviço para mais de uma empresa, mas não dá direito a alguns benefícios. Trabalhar como PJ pode te proporcionar a chance de ganhar mais e sair do valor fixo estipulado na carteira.
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A crise provocada pela pandemia da Covid-19 jogou muitos trabalhadores o desemprego – e uma das alternativas de quem viu sua renda cair foi a prestação de serviços como pessoa jurídica (PJ).
O formato permite que o trabalhador possa atuar em mais de uma empresa e ter o pagamento após cada trabalho realizado. Porém, ele terá que lidar com a incerteza financeira do próximo mês, e sem a segurança de alguns benefícios trabalhistas.
Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, aponta as vantagens e desvantagens de ser tornar um PJ.
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Vantagens
O formato não tem exclusividade, o que permite que o trabalhador possa criar uma cartela de clientes.
Recebe o valor por serviço prestado ao final de cada trabalho.
Tem uma flexibilidade maior de horário de trabalho.
Não tem descontos trabalhista: INSS, vale transporte, vale alimentação ou plano de saúde.
Desvantagens
Não possui salário fixo.
Não tem 13º terceiro.
Você terá que se responsabilizar pela sua aposentadoria e qualquer garantia que um registro de CLT possui.
Terá que arcar com o custo de equipamentos de trabalho.
Antes de entrar no mercado autônomo, saiba quais são as suas habilidades, por exemplo, você tem habilidades com fotos, aprimore os conhecimentos e invista na profissão.
Quanto posso comprar pelo meu serviço como PJ?
É importante conhecer seus concorrentes – dessa forma, será mais fácil de construir estratégias para atrair clientes.
Uma maneira de entender o mercado em que você irá trabalhar é contratando o serviço de outro prestador. Com isso, é possível ter uma noção do preço, formato de trabalho e tempo de entrega. Segundo Ricardo, essa é uma dica não se restringe só ao trabalho PJ.
Para dar preço ao seu trabalho, coloque na conta:
gastos com material
gastos com internet, luz, transporte etc.
valor da mão de obra
Para calcular o valor da mão de obra, considere quantas horas o trabalho vai custar do seu tempo, e faça o cálculo pelo valor da hora.
Você pode fazer a conta pelo valor do piso da sua categoria, por exemplo. Se o piso da sua categoria for de R$ 2 mil por 40 horas, por exemplo, sua hora deve ser de, no mínimo, 2.000 dividido por 40, ou seja, R$ 50/h. Multiplique esse valor pelas horas estimadas de trabalho para calcular o valor da sua mão de obra.
Idealmente, você deve somar mais 1/13 desse valor à sua hora, de forma a ‘pagar’ pelo seu décimo terceiro salário – ao qual o trabalhador PJ não tem direito.
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Planejamento financeiro
Trabalhar como PJ pode te proporcionar a chance de ganhar mais e sair do valor fixo estipulado na carteira. Porém, vale ressaltar que também pode acontecer o contrário, já que poderá haver meses sem nenhum trabalho.
É nesse momento que o planejamento financeiro faz a diferença. Por isso, faça uma lista dos seus gastos mensais, pois quando receber mais do que no mês anterior, poderá fazer uma reserva de emergência.
Como funciona a contratação de um PJ?
A empresa que te contratará deve abrir um contrato de prestação de firma, com as descrições de como será o trabalho.
Segundo Lariane R. Del-Vechio, advogada trabalhista, também é necessário levar em consideração a cota de encargos fiscais. Quando se presta o serviço, deve-se emitir nota fiscal e pagar os impostos sobre esses valores recebidos, assim como recolher as contribuições previdenciárias que garantam acesso aos benefícios do INSS.
Como saber se irá valer a pena trabalhar como PJ?
O professor orienta, principalmente para quem atua como CLT e está pensando em mudar para PJ que faça o cálculo do total do que recebe anualmente x 13, mais o custo médio com alimentação, plano de saúde e gasto com equipamento de trabalho. O resultado, segundo ele, será a média de quanto deverá ganhar como PJ.
