Apontado como ‘favorito’ desde a transição, Prates defende que estatal invista mais em refino e em fontes renováveis. Ele é crítico da atual política de distribuição de dividendos da empresa. O senador Jean Paul Prates (PT-RN), durante sessão no Senado
Roque de Sá/Agência Senado
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta sexta-feira (30) que indicará o senador Jean Paul Prates (PT-RN) para ocupar a presidência da Petrobras.
Prates já era apontado como o principal cotado para o comando da Petrobras. Após a indicação de Lula, o nome dele precisará ser aprovado pelo conselho de administração da empresa.
“Gostaria de anunciar a indicação do Jean Paul Prates para a presidência da Petrobrás. Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, informou Lula por meio de uma rede social.
Veja abaixo quem é, e o que pensa Jean Paul Prates:
O indicado a presidência da petroleira é: advogado, economista, ambientalista, empreendedor e dirigente sindical, segundo a sua própria biografia.
Tem mais de 25 anos de trabalho nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e recursos naturais.
Na área de petróleo, participou da assessoria jurídica da Petrobras Internacional (Braspetro), no final da década de 80. Em 1991, fundou a primeira consultoria brasileira especializada em petróleo.
Prates ainda trabalhou na regulação dos setores de petróleo, energia renovável, biocombustíveis e infraestrutura nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula.
Ele também foi secretário de Estado de Energia e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Norte.
Em 2014, foi eleito primeiro suplente da senadora Fátima Bezerra (RN) para o período 2015-2022. Em janeiro de 2019, assumiu a cadeira de senador pelo Rio Grande do Norte, com a eleição e posse de Bezerra.
Como senador, foi vice-presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e da Frente em Defesa da Petrobras.
Prates cursou direito na UERJ e economia na PUC/RJ. Nos Estados Unidos, tornou-se mestre em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania.
Na França, concluiu mestrado em Economia de Petróleo e Motores, pelo Instituto Francês do Petróleo.
Botafoguense, foi diretor de futebol do Alecrim Futebol Clube em 2015.
LEIA TAMBÉM:
Haddad anuncia Rita Serrano na presidência da Caixa e Tarciana Medeiros na do Banco do Brasil
Lula estuda prorrogar isenção dos combustíveis por 60 dias; Haddad tenta evitar
Bolsonaro diz que não participou dos movimentos em frente aos quartéis
O que pensa Prates
Nesta sexta, em entrevista após reunião com Lula em Brasília, Prates defendeu mudança na política adotada pela Petrobras para a definição dos preços dos combustíveis.
Em uma de suas falas, Prates disse que a estatal precisa ir além de explorar o pré-sal e pagar dividendos aos acionistas.
“[A Petrobras] é uma empresa de longo prazo. Uma empresa de longo prazo não pode só ficar tirando pré-sal do fundo do mar e distribuindo dividendos, ela precisa pensar em coisas que todas as outras empresas de petróleo estão pensando”, afirmou no início do mês.
Ele defende que a estatal diminua a distribuição de dividendos para reforçar o caixa da companhia e alavancar os investimentos, em especial em refinarias, estratégia abandonada pela atual gestão.
O senador também quer que a Petrobras foque sua atuação futura em energias renováveis, diante das metas de redução de combustíveis fósseis em todo o mundo.
Prates, durante a transição, também defendeu que o governo eleito proponha um mecanismo para amortecer preços de combustíveis em momentos de alta do valor do petróleo.
Segundo o petista, uma das possibilidades seria a implementação de um “colchão de amortecimento”, ou seja, a instituição de um subsídio para que os valores cobrados dos consumidores possam ser menores.
Ele também é crítico da atual política de preços da Petrobras, atrelada à variação do dólar e do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Porém, prometeu que não haverá nenhuma medida intervencionista na Petrobras. Disse que as mudanças serão discutidas pelo conselho de administração.
VÍDEOS: notícias de política
- Governo deve propor até seis anos de prisão para quem provocar incêndio florestal
- Rio Negro volta a subir após quase 100 dias e pode encerrar seca histórica
- Sabesp diz que distribuição de água foi afetada em municípios na Grande São Paulo
- Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm alerta para tempestades
- Novo incêndio atinge a Serra da Moeda, na Grande Belo Horizonte
- Alisson critica nova Champions League: “Ninguém consulta os jogadores”
- Seedorf, Suárez e Memphis: O impacto dos gringos no Brasil
- Brasil segue vivo na Copa Davis após vitória da Itália sobre a Bélgica
- Brasil x Coreia do Norte: horário e onde assistir à Copa do Mundo Feminina Sub-20
- Brasil volta a jogar mal e perde para o Paraguai nas Eliminatórias da Copa
- Abastecimento de água é retomado de forma gradativa em Salvador e na região metropolitana após conclusão de obras
- Prédio de três andares desaba em Salvador
- Museu de Arte Moderna da Bahia abre nova exposição em celebração aos 100 anos de Mário Cravo Jr. em Salvador
- Festival de quadrilhas é atração no Arraiá Salvador
- Servidores municipais deflagram greve a partir desta segunda