O ex-prefeito de São Paulo foi anunciado para comandar o Ministério da Fazenda pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última sexta (9). Haddad dá entrevista à GloboNews
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O futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (PT), disse nesta quarta-feira (14) que “todo mundo sabia que o teto de gastos não é sustentável”. Ele defendeu uma nova âncora fiscal no começo do ano, a ser feita por lei complementar, e quer ainda “destravar” as Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Ele deu entrevista ao Estúdio i, na GloboNews. Assista ao vivo aqui.
O que ele disse:
Governo Bolsonaro pediu para excluir beneficiários do Bolsa-Família: o futuro ministro afirmou que o governo Bolsonaro informou a necessidade de excluir mais de 2 milhões de beneficiários do Bolsa-Família
Taxa de juros: “Se a gente trouxer a taxa de juros para um dígito, e isso depende da Fazenda e do Banco Central, não tenho dúvida de que vamos zarpar”, disse. A taxa está em 13,75% atualmente, a mesma desde o início de agosto.
Parcerias Público-Privadas: anunciado como secretário-executivo do futuro ministério, Gabriel Galípolo vai ajudar Haddad a “destravar” as PPPs, assunto que, disse o ministro, “está na ordem do dia” das prioridades do novo governo.
Conselho de notáveis: Haddad afirmou ainda que gostaria de manter interlocução com economistas como Pérsio Arida, André Lara Resende e Armínio Fraga, em uma conselho ligado ao ministério.
“Desmantelamento” da CGU: o futuro ministro disse ainda que a Controladoria-Geral da União “passou por um desmantelamento” durante o governo Bolsonaro, e afirmou defender o fortalecimento do órgão para combater corrupção.
‘Trem da alegria eleitoral’: Haddad declarou que o governo Bolsonaro pediu R$ 20 bilhões para conseguir fechar as contas do ano, e o impacto se deve a medidas eleitoreiras tomadas pelo atual governo, que ele chamou de “trem da alegria eleitoral”, como o aumento do Auxílio-Brasil e a inclusão de novos beneficiários no INSS.
Fernando Haddad: quem é o novo ministro da Fazenda
Na terça (13), Haddad anunciou durante entrevista coletiva os nomes de dois integrantes de sua futura equipe: o economista e ex-banqueiro Gabriel Galípolo, que será o secretário-executivo (número 2 da pasta) e o economista Bernard Appy, que será secretário especial para reforma tributária.
