EUA e União Europeia não enviaram ajuda humanitária diretamente para a Síria, mas, sim, para organizações humanitárias. Rússia, Irã, Argélia e países da Península Arábica deram auxílio direto para o governo de Bashar al-Assad, seu aliado. Bebê é resgatada com cordão umbilical de escombros na Síria
Após o terremoto de magnitude de 7,8 que atingiu a Síria, os confrontos políticos e a guerra no país fazem com que os governos de alguns países optem por fazer doações a organizações não governamentais, e não diretamente ao governo sírio ou aos rebeldes que controlam parte do país (leia mais sobre o terremoto abaixo).
Os Estados Unidos afirmaram que estão comprometidos a ajudar moradores da Turquia e da Síria, mas o governo americano descarta a possibilidade de um diálogo direto com o governo sírio.
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Ned Price, o porta-voz do Departamento de Estado (nos EUA, esse órgão tem as funções de um ministério de relações exteriores), disse que os americanos vão ajudar a Síria por meio de ONG, sem negociar com o governo de Bashar al-Assad (os americanos não consideram que Assad é um presidente legítimo).
“Seria bastante irônico, para nós, procurarmos um governo que brutalizou seu povo ao longo de uma dúzia de anos. Em vez disso, temos parcerias com entidades humanitárias no local que podem fornecer o tipo de assistência após esses trágicos terremotos”, afirmou Price.
Os EUA romperam com Assad em 2011. Naquele ano, houve uma série de protestos no país. A situação acabou se tornando uma guerra civil.
Equipes de resgate procuram pessoas nos escombros de prédios destruídos em Aleppo, Síria, nesta terça-feira (7)
Omar Sanadiki/AP
A União Europeia disse que está dando dinheiro para organizações humanitárias que estão fazendo operações de busca e resgate na Síria e distribuindo água, produtos de higiene e cobertores.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que aprovou um pedido de ajuda humanitária para a Síria. Os israelenses disseram que, apesar de os dois países (que são vizinhos) não terem relações formais, houve conversas para que a ajuda fosse recebida, mas o governo de Assad negou ter conversado.
Aliados do governo sírio
Há governos de países que reconhecem a legitimidade de Assad e que já enviaram reforços e ajuda humanitária:
O Irã enviou um avião com suprimentos para Damasco, a capital síria.
A Argélia também enviou aviões com suprimento, mas com destino a Aleppo, uma das cidades atingidas na Síria. Os argelinos enviaram 17 toneladas de assistência humanitária e trabalhadores de resgate para participar das operações de busca de vítimas.
O presidente Vladimir Putin, da Rússia, prometeu enviar equipes tanto para a Turquia como para a Síria. O ministro da Defesa da Rússia disse que há 300 soldados russos auxiliando os sírios a organizar as regiões atingidas.
Países da Península Arábica também afirmaram que vão auxiliar a iria: os Emirados Árabes disseram que vão doar cerca de US$ 13,6 milhões em materiais e auxílio com pessoal, e outros US$ 100 milhões para serem divididos entre Turquia e Síria.
Escombros de edifício em Alepo, na Síria, após terremoto que atingiu o país em 6 de fevereiro de 2023
Firas Makdesi/Reuters
ONGs sírias estão restritas
As organizações não governamentais enfrentam seus próprios problemas para atuar na Síria.
A ONG síria de voluntários Molham já conseguiu captar mais de 1,6 milhão de euros, mas as doações dela não irão para regiões que são controladas pelo governo do presidente Bashar al-Assad.
Terremoto mata mais de mil pessoas na Turquia e na Síria
Arte/g1
Atef Nanoua, o fundador da Molham, afirmou que a equipe dele está proibida de trabalhar em áreas controladas pelo governo. “Eu venho da cidade de Jableh, uma das áreas mais afetadas pelo terremoto e adoraria ajudar meu povo lá, mas o regime sírio só permite ajuda humanitária de organizações afiliadas a ele; qualquer um que coopere com nossa organização é considerado um terrorista”, disse ele.
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Terremoto de magnitude de 7,8
A contagem oficial de mortos por conta do maior terremoto em 80 anos na Turquia e na Síria tem subido sem parar.
O tremor durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria.
O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria.
O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros e, portanto, foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países.
O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície — esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada.
O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países.
Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas.
Cerca de 90 réplicas também foram registradas após o primeiro tremor.
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