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Presidente da CMO diz que Orçamento só será votado após aprovação da PEC da Transição

Presidente da CMO diz que Orçamento só será votado após aprovação da PEC da Transição

Celso Sabino (União-PA) disse que ideia é votar proposta orçamentária nesta quarta-feira, mas não descartou possibilidade de convocação extraordinária para análise na próxima semana. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aguarda a definição do Congresso Nacional sobre a PEC da Transição para poder votar o orçamento de 2023, afirmou nesta terça-feira (20) o presidente da CMO, deputado Celso Sabino (União-PA), a jornalistas.
“Nós só podemos preparar o orçamento, votar na CMO e no plenário do Congresso após a definição de que valores efetivamente serão aprovados nessa PEC. Ou ficamos no risco de ter contas que não vão ter valores liquidados”, explicou ele.
De acordo com Sabino, a votação do orçamento pode ocorrer nesta quarta-feira (21) caso a PEC da Transição seja aprovada ainda hoje pelo Legislativo. Ele não afastou a possibilidade, porém, de uma convocação extraordinária do Congresso Nacional na próxima semana para concluir a votação.
O relatório do senador Marcelo Castro (MDB-PI), que já contempla a manutenção do benefício do Bolsa Família em R$ 600 em 2023, além de aumento do salário mínimo para R$ 1.320,00, entre outros pontos, seria votado hoje, mas a sessão foi remarcada para essa quarta-feira (21).
Para ser viável, o relatório ainda depende da abertura de espaço no orçamento para essas despesas por meio da PEC da Transição, que altera da regra do teto de gastos – mecanismo que contém despesas públicas.
Já aprovada no Senado, a PEC libera R$ 145 bilhões para novas despesas nos próximo dois anos, além mais recursos para investimentos. Esse texto ainda depende de aval da Câmara dos Deputados – a votação está prevista também para essa terça.
Mais cedo nesta terça, aliados de Lula informaram que há acordo para elevar teto de gastos só por um ano. Se alterado, o texto terá de passar novamente pelo Senado Federal.
Além de mudar o período de mudança do teto, também têm de ser alteradas as destinações das emendas após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter declarado inconstitucional o orçamento secreto (emendas de relator). Acordo divulgado mais cedo é de que o Congresso destinará essa verba para emendas individuais e do governo.
Segundo Celso Sabino, presidente da CMO, como o prazo para apresentação de emendas no em 14 de novembro, uma das ideias é aumentar proporcionalmente os valores destinados às emendas individuais. Outra possibilidade é “abrir o sistema por algumas horas” para que essas operações possam se feitas pelos parlamentares.

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