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Seis diplomatas chineses deixam Reino Unido após ataque em Manchester

Seis diplomatas chineses deixam Reino Unido após ataque em Manchester

Seis diplomatas do consulado da China em Manchester deixaram o Reino Unido após se envolverem, em outubro, em um ataque a um ativista defensor da democracia em Hong Kong.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (14) pelo ministro britânico das Relações Exteriores, James Cleverly.
“Atos de violência cometidos no consulado chinês em Manchester são inaceitáveis”, tuitou Cleverly. “Seis funcionários do consulado chinês, incluindo o cônsul-geral, deixaram o Reino Unido após o ultrajante incidente em outubro”, acrescentou.
Os diplomatas foram chamados ao seu país pelas autoridades de Pequim, explicou.
O governo britânico havia defendido no último fim de semana sua decisão de não expulsá-los, com base nos vídeos do ataque que viralizaram nas redes sociais. Por enquanto, aguardam as conclusões de uma investigação policial para apurar se os diplomatas participaram do espancamento do manifestante em Manchester, norte da Inglaterra.
O incidente ocorreu em 16 de outubro, dia da abertura do Congresso do Partido Comunista Chinês, em Pequim.
Um grupo de pessoas protestava em frente ao consulado chinês em defesa dos direitos democráticos em Hong Kong.
Um deles, Bob Chan, explicou mais tarde que fora violentamente agredido por homens que saíram da embaixada.
“Eles me colocaram para dentro, me bateram”, disse ele.
“Foi escandaloso. Estou muito preocupado com a minha segurança e tenho pesadelos com o que pode acontecer com meus familiares” em Hong Kong, disse este chinês que vive no Reino Unido desde março de 2021.
Um vídeo do ataque mostra um grupo de homens que espancava outro caído no chão, atrás do muro do consulado, dentro das dependências da embaixada diplomática. Antes, segundo as imagens, esse mesmo grupo havia destruído as faixas dos manifestantes na rua.
O porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou dias depois que os manifestantes “entraram ilegalmente” no consulado de Manchester.
Em carta à polícia local, o cônsul-geral Zheng Xiyuan reclamou que a polícia não tenha agido prontamente para impedir que os manifestantes “invadissem” a embaixada. Ele mesmo foi acusado por parlamentares britânicos de atacar Chan.

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