Militares russos divulgam nova contagem após encontrarem mais corpos nas ruínas do edifício atingido. Este já é o maior número de mortos num único ataque reconhecido por Moscou. Trabalhadores recolhem destroços de edifício após ataque ucraniano a acomodação russa, em Makiivka, Ucrânia
REUTERS/Alexander Ermochenko
As autoridades militares da Rússia elevaram para 89 o número de soldados mortos no ataque ucraniano com mísseis na cidade de Makiivka, que fica perto de Donetsk, numa região da Ucrânia ocupada por separatistas desde 2014, no domingo passado (1º/01).
Após terem sido encontrados mais corpos nas ruínas do edifício atingido, o Ministério da Defesa em Moscou elevou o total de soldados mortos em 26, já que antes foram divulgadas 63 vítimas fatais.
O repórter de guerra russo Semyon Pegov disse que o número de mortos deve aumentar ainda mais. As Forças Armadas ucranianas assumiram a autoria do ataque e afirmaram que nele morreram ao menos 400 pessoas e outras 300 foram feridas.
De acordo com o general russo Serguei Sevryukov, a utilização não autorizada de telefones celulares pelos soldados russos, na véspera de Ano Novo, levou ao ataque a uma base militar temporária.
Segundo ele, os sinais telefônicos permitiram às forças de Kiev determinar as coordenadas da localização dos militares e lançar o ataque com seis mísseis, dos quais quatro atingiram o alvoe dois foram interceptados.
A Ucrânia disparou contra o edifício com o lançador múltiplo de foguetes Himar, fornecido pelos Estados Unidos. O vice-comandante do regimento russo está entre os mortos. Este é o maior número de mortos num único ataque reconhecido por Moscou desde que a ofensiva começou, em fevereiro de 2022.
Segundo Sevryukov, medidas foram tomadas para “evitar incidentes trágicos semelhantes no futuro”. Ele afirmou também que os culpados serão responsabilizados.
As autoridades militares russas estão sendo confrontadas com críticas e insatisfação popular crescente depois do ataque ucraniano na cidade de Makiivka.
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