Resultado é 1,5% maior que o registrado em 2021. Exportações e importações também bateram recorde em 2022. O governo federal informou nesta segunda-feira (2) que a balança comercial brasileira registrou superávit recorde de US$ 62,3 bilhões no ano de 2022.
A série histórica da balança comercial tem início em 1989.
Na comparação com 2021, quando o saldo positivo somou US$ 61,4 bilhões, houve aumento de 1,5%.
O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, o resultado é de déficit.
Os números foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A pasta, recriada no governo Lula, é comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo o governo, em 2022:
as exportações somaram US$ 335 bilhões;
as importações somaram US$ 272,7 bilhões.
Exportações
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, as exportações, pela média diária, registraram alta de 19,3%, com média diária de US$ 1,3 bilhão (novo recorde da série histórica).
O setor econômico com maior crescimento no ano de 2022 foi o agropecuário, que apresentou aumento em valor das exportações, de 36,1% (explicada principalmente pelo aumento de 31,5% nos preços dos produtos básicos, consequência também da guerra na Ucrânia, mas também foi registrada elevação de 1,8% nos volumes embarcados).
Já a Indústria de Transformação apresentou aumento do valor exportado de 26,2%. “Esse comportamento foi influenciado pelo crescimento do nível de preços, de 15,7% e pelo aumento do quantum exportado, de 9,8%”.
A Indústria Extrativa, por sua vez, teve redução no valor exportado, de 4,6%, com redução no nível de preços de -2,5%, e quantum exportado, de -0,5% frente ao ano de 2021.
Em relação ao destino das vendas externas, houve alta nas vendas para a China (aumento de 1,5% na média diária, para um total de US$ 91,3 bilhões), para a União Europeia (aumento de 39,6% para US$ 51 bi), para os Estados Unidos (20,2%, para US$ 37,4 bilhões) e para a Argentina (29,3% para US$ 15,4 bilhões).
Principais produtos exportados:
soja (valor total exportado de US$ 46,7 bilhões e crescimento de 20,8%);
óleos brutos de petróleo (US$ 42,7 bilhões, com alta 39,5%);
minério de ferro e seus concentrados (US$ 28,9 bilhões, com recuo de 35,3%);
óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (US$ 13 bilhões, com alta de 79,5%);
milho não moído, exceto milho doce (US$ 12,3 bilhões e crescimento de 194,1%);
carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (US$ 11,8 bilhões, aumento de 48,2%).
Importações
Já as importações, ainda segundo dados oficiais, avançaram 24,3% no ano passado e somaram, pela média diária, US$ 1,09 bilhão. Esse também foi o maior valor desde que os números começaram a ser contabilizados, em 1989.
“O conflito no leste europeu trouxe desequilíbrios para o mercado de fertilizantes, o que encareceu a cotação internacional desses produtos e deixou um cenário de incertezas sobre seu fornecimento. Também houve o encarecimento do trigo, já que a Ucrânia é um dos principais produtores mundiais”, informou o Ministério do Desenvolvimento.
Além disso, o governo acrescentou que o conflito também impactou o preço de “commodities” (produtos básicos) energéticas, como petróleo, combustíveis e gás natural, produtos com peso na pauta de importação do Brasil.
Principais itens importados:
adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (US$ 24,8 bilhões, 63,6%);
óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (US$ 23,6 bilhões, 75,3%);
válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (US$ 11,5 bilhões, 44,6%);
compostos organo-inorgânicos (US$ 9,9 bilhões, 55%);
partes e acessórios dos veículos automotivos (US$ 7,6 bilhões, 5,5%);
medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (US$ 7,1 bilhões, -12,2%).
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