Ato foi na tarde desta quinta-feira (8). Com cartazes, manifestantes pediram recursos para educação. Estudantes da UnB protestam em frente ao Ministério da Educação, em Brasília, contra o corte de verbas
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Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) realizaram um protesto em frente ao Ministério da Educação (MEC), na tarde desta quinta-feira (8). O ato foi contra o bloqueio de verbas federais destinadas à educação.
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Estudantes da UnB protestam em frente ao Ministério da Educação, em Brasília, contra o corte de verbas
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Os manifestantes exibiram cartazes com dizeres como “Em defesa da universidade pública”, “A crise na educação não é uma crise, é um projeto” e “Menos armas, mais educação”. Além disso, puxaram gritos de guerra contra o atual governo.
A Polícia Militar (PMDF) acompanhou o ato e informou que uma pessoa foi detida por “pichação de patrimônio”.
Estudantes da UnB protestam em frente ao Ministério da Educação, em Brasília, contra o corte de verbas
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Corte de verbas
O novo bloqueio de verbas feito pelo MEC no orçamento das universidades e institutos federais tem impacto de R$ 16,7 milhões em instituições do Distrito Federal. A medida ocorreu no dia 1º de dezembro, horas após a pasta liberar R$ 366 milhões que haviam sido cortados de universidades de todo o país.
Estudantes da UnB protestam em frente ao Ministério da Educação, em Brasília, contra o corte de verbas
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Com a decisão, foram bloqueados R$ 13,5 milhões da UnB e R$ 3,2 milhões do Instituto Federal de Brasília (IFB).O novo corte foi detalhado em documento enviado pelo MEC às universidades.
A mensagem foi divulgada pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif). O texto aponta que o governo federal “zerou o limite de pagamentos das despesas discricionárias do Ministério da Educação previsto para o mês de dezembro”.
A decisão obriga que as universidades e os institutos federais façam os pagamentos dos débitos com os recursos que já possuem e proíbe o MEC de efetuar novas liberações de recursos.
De acordo com o documento, a pasta solicitou ao Ministério da Economia, em outubro e novembro, a ampliação do limite de pagamento das despesas discricionárias. “Porém, tais solicitações não foram atendidas”. Uma nova solicitação teria sido feita, ainda segundo o comunicado.
Conif divulgou comunicado do Setorial Financeiro do MEC sobre a retomada dos bloqueios que somam R$ 366 milhões.
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Entenda a cronologia dos bloqueios em 2022
Veja os principais pontos do vaivém dos recentes bloqueios:
28 de novembro: associações de instituições federais denunciaram que o MEC havia bloqueado R$ 366 milhões (R$ 244 milhões das universidades e R$ 122 milhões dos institutos federais) do orçamento de dezembro, “no apagar das luzes” de 2022. A pasta não entrou em detalhes, mas disse que havia sido notificada e que “procurava soluções”.
1º de dezembro pela manhã: após intensa repercussão negativa, por volta das 11h, o Conif (que representa os institutos federais) e a Andifes (associação das universidades federais) afirmaram que a verba havia sido desbloqueada.
1º de dezembro à noite: o dinheiro voltou a “sumir” com novo bloqueio da gestão Bolsonaro. No entanto, no caso dos institutos federais, o bloqueio foi ainda maior: de R$ 208 milhões. Nas universidades, manteve-se em R$ 244 milhões.
5 de dezembro: durante reunião com o grupo de transição do governo, o MEC afirma que não conseguirá pagar as bolsas dos cerca de 14 mil médicos residentes que trabalham em hospitais universitários federais.
6 de dezembro: a Capes informa não ter como pagar mais de 200 mil bolsas, como as de mestrado e doutorado.
8 de dezembro: a Capes consegue o desbloqueio de R$ 50 milhões do seu orçamento, que serão usados para o pagamento de bolsas de formação de professores. O valor, porém, é insuficiente para cobrir as bolsas de pós-graduação.
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