Na noite de segunda-feira, a primeira após a catástrofe, os sobreviventes tiveram que enfrentar uma nevasca misturada com chuva torrencial. Faltaram lugares para os moradores deslocados se abrigarem. Os que têm carros pernoitaram nos veículos, e os que não têm se amontoaram em torno de fogueiras na rua. Mesut Hancer segura a mão de sua filha de 15 anos, que morreu no terremoto na cidade de Kahramanmaras, na Turquia
Adem Altan/ AFP
Na cidade de Kahramanmaras, na Turquia, uma das que foram afetadas pelo terremoto de magnitude de 7,8 que atingiu o país, a dor e o desespero se misturam, em meio à falta de ajuda às vítimas do terremoto que deixou milhares de mortos.
Até esta terça (7), nenhuma ajuda, ou suprimentos, havia chegado a esta cidade de mais de 1 milhão de habitantes, situada no sul da região da Capadócia.
Com o olhar perdido, Mesut Hancer segura a mão de sua filha morta, Irmak, de 15 anos, inerte entre duas placas de concreto.
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Na noite de segunda-feira, a primeira após a catástrofe, os sobreviventes tiveram que enfrentar uma nevasca misturada com chuva torrencial. Faltaram lugares para os moradores deslocados se abrigarem. Os que têm carros pernoitaram nos veículos, e os que não têm se amontoaram em torno de fogueiras na rua.
Nas ruas devastadas, os sobreviventes esperam ao lado dos corpos de seus entes queridos, enrolados em uma manta. Ninguém aparece para buscá-los.
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Assim como na cidade de Antioquia, mais ao sul, às portas da Síria, acumulam-se frustração e ressentimento com o Estado ausente.
Ali Sagiroglu, um dos moradores de Kahramanmaras, espera reforços há dois dias na esperança de ver seu irmão e seu sobrinho, presos nos escombros de seu prédio.
“Onde está o Estado? Onde estão? Olhe ao seu redor. Não tem um único funcionário, pelo amor de Deus. Já se passaram dois dias, e não vimos ninguém. Não trouxeram nem um único tijolo. As crianças morreram congeladas”, diz Ali.
Em Antioquia, bem mais ao sul, os sobreviventes se encontram no mesmo estado de abandono.
Na tentativa de desmentir as queixas da população, o ministro do Interior, Suleyman Soylu, visitou Kahramanmaras nesta terça-feira e afirmou que, até agora, 2.000 socorristas foram mobilizados para as áreas afetadas.
Diante da crescente frustração, o presidente Recep Tayyip Erdogan declarou, nesta terça, estado de emergência nas províncias afetadas.
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