By O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), tem um almoço marcado nesta terça-feira (13) com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O compromisso é uma tentativa de desanuviar a relação com o mercado financeiro.
Haddad volta também a se reunir nesta terça com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O economista Gabriel Galípolo, cotado para compor a equipe de Haddad, participa da reunião com o atual chefe da área.
Haddad foi anunciado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como futuro ministro na sexta-feira (9). Mesmo antes, no entanto, já realizava reuniões como chefe da equipe econômica que assume em janeiro.
O ex-prefeito de São Paulo tenta quebrar resistências ao seu nome que ainda existem entre agentes econômicos. Esses “resistentes” temem uma suposta dificuldade de Haddad em conter eventual aceleração dos gastos públicos.
Fernando Haddad: quem é o novo ministro da Fazenda
BC é aliado estratégico
Campos Neto tem mandato no Banco Central até 2024, o que torna obrigatória a interação com o futuro governo. Segundo o blog apurou, Haddad pretende se comprometer com o empenho de sua equipe na gestão fiscal – levando o BC a sinalizar com uma possível redução nos juros em 2023.
Durante os últimos dois anos, quando o governo Bolsonaro passou a ampliar gastos com vistas à reeleição, o BC sinalizou mais de uma vez que não podia combater a inflação sozinho.
O resultado foi uma volta das taxas de juros de dois dígitos: atualmente, a Selic está em 13,75%.
Nesta segunda, Haddad acompanhou em Brasília a cerimônia de diplomação de Lula e do vice eleito Geraldo Alckmin (PSB) no TSE.
O futuro ministro se reuniu com Lula pela manhã e manterá uma série de reuniões após a diplomação. Haddad planeja anunciar nomes da sua equipe ainda nesta semana. O político também ajuda Lula a encontrar um nome para o Ministério do Planejamento.
Copom mantém taxa básica de juros em 13,75%
