ONU estima que número de vítimas possa chegar a 40 mil. Equipes de resgate avançam nas buscas, enquanto moradores na Turquia se queixam da falta de estrutura dos edifícios, muitos deles novos. Menina em local de prédio que desabou após terremoto na Turquia
REUTERS/Dilara Senkaya
Em apenas quatro dias, o balanço das vítimas no maior terremoto em 80 anos na Turquia e na Síria, já alcançou a marca de 17 mil mortos.
O número iguala aos de um terremoto em território turco em 1999.
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O tremor de magnitude 7,8, que durou um minuto e meio e devastou a região central da Turquia e o norte da Síria, ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) e foi seguido de mais de 90 réplicas até esta quarta-feira (8).
O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na Turquia, o balanço até manhã desta quinta-feira (9) era de 14.014. Na Síria, o balanço de mortos é de pouco mais de 3.000, levando em conta os balanços fornecidos pelo governo nacional e por grupos de resgate que atuam no noroeste do país, controlado por jihadistas e rebeldes.
Terremoto na Turquia está entre os mais mortais do mundo das últimas décadas; veja lista
Até agora, sabe-se que:
O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. Há 16.964 mortes confirmadas – 14.014 na Turquia e mais de 3.000 na Síria.
Milhares estão desaparecidos, e mais de 50 mil ficaram feridos.
Mais de 70 países enviaram ajuda humanitária e equipes de resgate, que já chegaram aos dois países – a primeira equipe do Brasil embarcou nesta quinta.
O governo turco declarou estado de emergência por três meses em dez cidades.
O terremoto teve magnitude 7,8 e ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) em Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria.
O tremor durou cerca de um minuto e meio e teve um raio de alcance de 250 quilômetros, atingindo centenas de municípios.
O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície – profundidade considerada muito baixa e que explica, em parte, os efeitos devastadores.
O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas nesses países.
Mais de 90 réplicas foram registradas, algumas delas com magnitudes próximas à do primeiro e principal tremor.
O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros e, portanto, foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países.
O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície — esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada.
O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países.
Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas.
Cerca de 90 réplicas também foram registradas após o primeiro tremor.
Segundo o último balanço do governo turco, 9.057 pessoas morreram na Turquia.
Na Síria, foram 2.950 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU.
A OMS afirmou que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior.
Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas.
Mulher se desespera após terremoto que deixou milhares de mortos na Turquia.
REUTERS/Kemal Aslan
Histórias emocionantes do resgate
Terremoto na Turquia e na Síria: resgates emocionantes
Um pai, sentado em uma cadeira, segurando a mãe da filha adolescente, que não resistiu aos ferimentos e morreu sob os escombros. Uma família inteira salva com vida diante dos aplausos e da vibração de quem acompanhava o resgate. Uma bebê nascida sob os escombros, retirada com cordão umbilical de lá, ainda com vida mas já sem sua mãe e seu pai, que morreram no local.
Estas são algumas das tantas histórias devastadoras e outras de superação na saga das equipes que tentam retirar pessoas dos escombros. Os trabalhos de busca chegaram ao terceiro dia, ainda com desafios enormes pela frente. O frio extremo e a quantidade de escombros – as áreas atingidas tinham muitos edifícios – complicam os trabalhos (leia mais abaixo).
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Terremoto na Turquia e na Síria: veja fotos do dia seguinte
Frio
Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6).
Umit Bektas/Reuters
O inverno no Hemisfério Norte — que provoca temperaturas negativas na região — deve ser um dos grandes desafios nas buscas dos próximos dias.
O vice-presidente turco, Fuat Oktay, disse nesta terça-feira que as condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. Ele disse que apenas veículos de resgate e ajuda estão autorizados a entrar ou sair de Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, três das províncias mais afetadas.
As operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya, acrescentou Oktay.
Conflitos na Síria
Na Síria, os tremores abalaram principalmente o noroeste do país, que é controlado por jihadistas e rebeldes, o que dificulta o socorro às vítimas. Os países que não têm relação com o governo sírio estão enviando doações diretamente a ONGs para ajudar os impactados pelo terremoto.
‘Áreas silenciosas’ preocupam OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta terça-feira que está especialmente preocupado com áreas da Turquia e da Síria de onde nenhuma informação havia surgido após o terremoto.
“Estamos especialmente preocupados com as áreas em que ainda não temos informações. O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção”, disse Adhanom.
Mais de 45 países, além de organismos internacionais como a própria OMS, enviaram ajuda humanitária ou equipes de resgate para ajudar na busca por sobreviventes na Turquia e na Síria.
Brasileiros na Síria: ‘tremor só aumentava’
Brasileiros na Síria relatam como foi a madrugada em Alepo
Os terremotos que atingiram a Síria e a Turquia nesta segunda-feira (6) deixaram brasileiros desabrigados em território turco, de acordo com o conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia Marcelo Viegas. Não há informações sobre brasileiros mortos ou feridos pelos tremores.
Os brasileiros Lucas Saad e Gabriela Waked estavam em Alepo, na Síria, durante o terremoto. Os dois são produtores de conteúdo e estão fazendo uma viagem longa — Gabriela está viajando há dez meses, Lucas está dando uma volta ao mundo.
Eles contaram que estavam dormindo no quarto de um hotel em Alepo quando foram acordados pelo tremor.
VÍDEOS: Terremoto na Turquia e Síria
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