A Secretaria da Educação (Seduc), por meio da Coordenadoria de Inclusão Educacional, promoveu, na manhã desta terça-feira (20/12), o Encontro com Famílias de Estudantes com Deficiência. O evento, realizado no plenário da Câmara Municipal de Camaçari, além de oportunizar a apresentação de ações em andamento e de iniciativas planejadas para o Ano Letivo 2023, na perspectiva da igualdade e da oferta equitativa do ensino público, também contou com palestra da especialista em triagem diagnóstica dos transtornos do neurodesenvolvimento, Daiane Hoffmann, cujo tema foi “Escolas atípicas para acolher famílias atípicas”.
A secretária da Educação, Neurilene Martins, destacou a importância do diálogo constante com os familiares dos estudantes para a construção de políticas públicas que reflitam as necessidades e anseios da comunidade. “Vamos reimaginar o futuro da educação juntos. É essencial realizar essa escuta, avaliar os enfrentamentos que precisam ser feitos em 2023 e celebrar as políticas públicas já implementadas. A educação especial requer acolhimentos de várias ordens, para que garanta o processo de desenvolvimento de todos os estudantes”, destacou.
Durante a palestra, Daiane Hoffmann evidenciou a necessidade de destinar a devida atenção para o alunado, no sentido de perceber suas singularidades, utilizando tais percepções como ferramentas para potencializar o aprendizado desses estudantes. “Fico muito feliz com este movimento de inclusão que Camaçari vive, com uma gestão que entende que cada criança e adolescente com algum tipo de transtorno ou deficiência pode contribuir com a coletividade e usufruir de autonomia social”, observou.
O público, composto predominantemente por mães de estudantes com deficiência, fez uma avaliação positiva da iniciativa e das ações anunciadas, bem como sobre o conteúdo da palestra. Jesline Santos, 37 anos, é mãe de Henrique Santos, 7 anos, autista atendido pela Rede Pública Municipal de Ensino. “A Seduc acerta quando decide nos incluir nessa construção de políticas públicas para a educação, mostrando que, enquanto famílias, temos nossa responsabilidade e devemos contribuir nesse processo. Vamos todos evoluir juntos”, afirmou.
Vânia de Jesus, 45 anos, mãe de Davi Bernardino, de 4 anos, conta que o Ano Letivo 2023 será o primeiro em que seu filho será matriculado em uma escola da rede pública. “Tudo que eu vi e ouvi aqui hoje me deixou mais segura, mais confiante para matricular meu filho, pois senti que estou diante de uma rede composta por profissionais comprometidos e sensíveis, que estão dispostos a nos apoiar. Desde já, agradeço por nos acolher com tanto carinho”, declarou.